domingo, 27 de janeiro de 2013

Fogo Amigo

Como é difícil!

Tenho escrito, por diversas vezes, que estou preparado para o fogo amigo.

Eu fui o primeiro a escrever que a Gestão Grego estava destruindo o basquete brasileiro.

Ela estava alijando a inteligência e a cultura do nosso esporte.

Ela tinha afastado praticamente todos os basqueteiros da militância do nosso esporte.

Me tornei o inimigo público número 1.

Fui decapitado em praça pública.

Mas consegui fragilizar e expor muitos dos defeitos da gestão passada.

O tempo passou...

O principal assessor do Grego, o Carlos Nunes, se aproveitou da situação e se lançou candidato.

Ele era o assessor político do Grego.

Ele mantinha contato diário com todas as federações.

O Grego se descuidou.

O Carlinhos conseguiu se eleger.

Em outras confederações, isso é impensável.

Eu jamais falei mal dele.

Mas não é o presidente que a CBB merece.

Ele não é basqueteiro.

E utiliza de alguns métodos da gestão anterior.

A CBB continua a ser um feudo.

Mas tem coisas que melhoraram.

Eu estou defendendo a volta do Grego porque acredito que a essência não melhorou.

E acredito que o Grego percebeu isso.

Tanto que está retornando com uma equipe de trabalho totalmente modernizada.

Prestem bem atenção: Eu não faço parte dela!

Já deixei isso bem claro!

Mesmo porque, se conheço o Grego, acredito que ele me perdoou por tudo que já escrevi sobre ele.

Mas não acredito que ele queira trabalhar, diariamente, comigo.

Aí eu já acho demais!

Venho apanhando que nem cachorro vira-lata dos meus amigos basqueteiros.

Um ex-amigo que me chamou de pastor e depois me chamou de pecador e mentiroso, me escreveu no facebook que ainda me respeita muito. Fiquei muito feliz, porque jamais vou deixar de respeitá-lo e admirá-lo.

Ontem, foi pior.

O mais importante jornalista do basquete brasileiro moderno, que eu sempre tive o orgulho de ter como amigo e nutrir um enorme carinho, postou no facebook que eu estou vendendo minha mãe para entrar no processo.

Será que é porque ele é assessor de imprensa da CBB atualmente?
Não é possível. Ninguém ficou mais feliz com essa notícia do que eu.

O pior é que se eu vender a minha mãe, quem vai comprar é o Eike Batista, porque ela anda assistindo voleibol...

Brincadeiras a parte...

Coloquem uma coisa na cabeça de vocês, galera do Grego e do Carlos Nunes.

Eu não estou em campanha, mas estou quase entrando...

Mas se alguém achar que eu vou falar qualquer coisa contra meus ídolos, estão completamente enganados.
Tenho criticado algumas contratações da administração Carlos Nunes, mas se alguém achar que vou escrever uma palavra sequer contra a Rainha Hortência, ou contra o Vanderlei, vai morrer esperando. Não critico basqueteiros. Muito menos ídolos.

O jornalista Fernando Santos, do diário Lance!, publicou uma coluna sob o título 'O basquete brasileiro vai voltar a falar grego?'

Tive vontade de replicar.

Ele não sabe da missa a metade.

Querer desassociar o Carlos Nunes da Gestão Grego é de uma covardia absurda. E olha que não estou em campanha.

Era eu que denunciava tudo. E nunca recebi nenhum processo.

O Carlos Nunes era Assessor Especial da Presidência.

Por muito tempo se criou a lenda de que o Grego era centralizador e o Carlos Nunes não sabia de nada.

Parem da falar que estou querendo vender a minha mãe

No colégio, meus amiguinhos quando brigavam falavam:

"Não botem a minha mãe no meio..."

Juarez Araujo é o mais importante jornalista da
 história do basquete brasileiro moderno

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