domingo, 23 de junho de 2013

A entrevista do Oscar

Esse é meu espaço...

nunca reproduzi fala de ninguém...

mas o que muita gente já se esqueceu...

é que eu comandava, tranquilamente, a parte técnica da Federação de Basquete do RJ...

quando começou uma verdadeira batalha entre o Oscar Schmidt e o então presidente da CBB...

e eu não fugi da luta...

não me omiti...

fiz parte de um grande time...

Oscar, Paula e Hortência...

Nenê e Janeth...

Amarildo, Telmo e Pedro Arantes...

quase todos os clubes do então campeonato brasileiro...

o problema é que poucos ficaram na luta até o final...

e eu fui até o fim...

terminei cheio de cicatrizes...

mas lendo essa entrevista do Mestre Oscar Schmidt...

me convenço que tudo valeu a pena...

e fica um desejo enorme...

que todos leiam a entrevista abaixo:

em tempo: "Oscar:  Eu te amo!!!"

O que mudou na vida de Oscar Schmidt (55) desde que descobriu o câncer no cérebro? Pouca coisa. Ele afirma que nem por um momento se deixou abater. “Não posso ficar desanimado. Ganhei de presente uma vida que todo mundo gostaria de ter”, afirmou. A vitória corre nas veias do campeão do basquete brasileiro, maior pontuador do mundo que, em setembro, entra para o Hall da Fama nos Estados Unidos. Sempre bem-humorado, Oscar faz piada até com assunto sério. “Qual o principal conselho que dou aos meus filhos? Nunca fume, nunca beba, nunca se drogue.” Faz pausa e completa, aos risos: “Dá câncer!” .

Pai de Stephanie (22), chef de cozinha, e de Felipe (27), que acaba de assinar contrato para dirigir série na TV sobre o Pan-Americano de 1987 — quando o Brasil venceu os EUA em casa e Oscar era a estrela do time —, o irmão do apresentador da atração global Fantástico Tadeu Schmidt (38) tem sólidos valores familiares. “Quero que meus filhos sejam pessoas decentes, sem vícios, com objetivos, sabendo o que querem da vida.” Após temporada norteamericana, Felipe está de volta ao Brasil e, apesar de não ter seguido carreira no esporte, entra nas quadras apenas para brincar com o pai. Stephanie mima Oscar com o seu prato favorito: estrogonofe.

O astro esportivo está sempre com uma garrafa de água por perto. Sente a boca mais seca por causa do tratamento de radio e quimioterapia, que continua fazendo. Enjoa de vez em quando. Transferiu o futebol com vizinhos de Alphaville, na Grande SP, onde mora, da manhã para a noite. Seu hobby é pescar. Adora aquário, é deste signo no zodíaco, mas... odeia comer peixe! No seu aquário, tem corais e 11 peixes. As cinco palavras-chave que usa em suas palestras motivacionais são visão, de cisão, time, obstinação e paixão. Quer ser o melhor em tudo. Seu ídolo do momento é o jovem Tim Tebow (25), jogador de futebol americano, que recentemente foi para o Patriots, time de outra personalidade que também admira: Tom Brady (35), marido de Gisele Bündchen (32). No basquete, seus ídolos são Kobe Bryant (34) e Ubiratan Maciel.

Católico, não gosta de missa, pois prefere ir sozinho à igreja, e é devoto de São Judas Tadeu. Em raro momento, admite o medo: “A morte é uma coisa que dá medo, né? Mas ela existe, todo mundo vai morrer. Talvez seja melhor mesmo não saber quando. Ser atropelado não dá nem tempo pra pensar”, diz ele.

Casado com Maria Cristina Victorino Schmidt (55) há 37 anos, diz que tem a relação perfeita, e que mudou há dois anos, quando fez a primeira cirurgia, sua visão de mundo. “Falei: ‘Não vou guardar mais nada, vou gastar tudo o que eu ganho. Caixão não tem cofre’. (risos) Passei a comprar muito mais presentes para a minha mulher e a viajar mais. Tinha medo do futuro, aquelas coisas de jogador de basquete... Depois, comecei a fazer palestras e vi que não precisava ter medo. Vida de palestrante é boa.” No dia 30 de abril, passou por nova cirurgia, para retirada de um tumor de grau 3. Teme deixar sua família sozinha. “Sou o único provedor da casa, eu morrendo não vai ter mais ninguém e minha mulher vai ter de viver com aquilo que a gente construiu. Dá para viver e bem.” Mas nunca conversou sobre o assunto com Cristina. “Pra quê? Eu estou vivo! Nesse momento estou curado. Se o tumor voltar, eu abro a cabeça de novo e tiro! (risos) Cada vez que voltar, vou abrir e tirar. Vou durar muito ainda. Qual o problema? Uma operação por ano? Beleza, um mês a menos por ano. Mas não vai voltar, não”, afirma, categórico, com uma gostosa gargalhada.




sexta-feira, 21 de junho de 2013

O árbitro invisível

Acabei de ler uma postagem de um dos melhores árbitros do Brasil...

ele comemorou a arbitragem da final da NBA...

o grande indicativo foi a invisibilidade...

ninguém percebeu que tinha alguém apitando...

ao contrário do Brasil...

a começar pelos famigerados microfones na lapela...

pelas vídeo-aulas na hora do jogo, as custas do espetáculo...

pelo som ambiente nada agradável...

e pela super exposição que atrapalha o desenvolvimento do basquete como um todo.

Comentarista de arbitragem também é algo duvidoso...

acho que só existe no Brasil...

pelos mesmos motivos descritos acima...

enfim...

narrador enaltecendo o fato do comentarista ter apitado finais olímpicas o tempo todo é muito para minha cabeça...

tenho muito orgulho do nosso Renatinho...

mas ele só conseguiu apitar essas finais porque o Brasil despencou no cenário internacional...

na Copa das Confederações de futebol, mesmo sendo no Brasil...

não tem árbitro brasileiro...

o basquete brasileiro tem que ser repensado o tempo inteiro...

os árbitros brasileiros têm muita qualidade...

mas necessitam trabalhar para se tornarem invisíveis.


segunda-feira, 17 de junho de 2013

A passeata dos basqueteiros

Acabei de ler um manifesto do levantador Bruninho a favor das passeatas de protesto em todo o Brasil...

ele diz que sabe que muitos vão dizer que ele nunca passou dificuldades por nascer filho do Bernardinho...

mas ele disse que não vai se omitir...

achei sensacional!

e os basqueteiros?

quando é que nós vamos nos posicionar em relação à qualquer coisa?

será que os basqueteiros sabem o motivo dos protestos?

existem inúmeros motivos...

mas o embrião de tudo é a corrupção...

é o desvio de dinheiro público...

é a total ausência de qualquer mecanismo de fiscalização...

ainda bem que no basquete brasileiro não existe nada disso




quinta-feira, 13 de junho de 2013

Os técnicos estrangeiros e a Zona de Conforto

Sempre defendi que o basquete é uma modalidade complicadíssima...

a teoria do basquete envolve a combinação de inúmeros elementos...

sempre que inicio um trabalho, aviso aos meus jogadores...

"é obrigatório haver problemas durante a temporada"...

os Super-Técnicos têm que testar o limiar psicológico dos seus atletas...

descobrir o fundo do poço...

e o melhor é que o poço dos craques parece não ter fundo...

aí é que dá trabalho...

o Super-Técnico Bernardinho batizou de 'Zona de Conforto'...

numa sequência de vitórias, tirar um craque da 'Zona de Conforto' não é para qualquer um...

tem que ser Super-Técnico e ter respaldo da diretoria.

Todos têm que saber o que estão fazendo.

Todos têm que entender de basquete.

Acabei de ler na internet que Fluminense e Universo (GO) estão querendo importar técnicos estrangeiros...

aonde isso vai parar?

tanto o Fluminense, como a Universo atuaram com excelentes técnicos na Super Copa Brasil...

enfim...

Também acabei de ler que o Guerrinha e o Lula estão na Espanha estagiando no Barcelona e no Real Madrid...

esse é o caminho...

vamos capacitar nossos técnicos...

e dar moral para que eles se sintam confiantes para gerar 'Zonas de Desconforto' para nossos craques...

mesmo nas derrotas...

porque só assim haverá crescimento...

nossos dirigentes também têm que se capacitar...

também têm que entender de basquete...

para compreender que o Super-Técnico, obrigatoriamente, é chato...

é exigente...

não é 'amiguinho' dos jogadores...

não é unanimidade...

mas é vencedor.


sexta-feira, 7 de junho de 2013

Basquete quente

Sempre defendi a tese que o basquete é um esporte para gente forte...

física e psicologicamente...

até o roupeiro tem que ser forte...

ninguém pede uma toalha, no meio de um jogo, com delicadeza...

vocês já imaginaram o que acontece quando o motorista do ônibus erra uma rua no caminho para um jogo?

O equilíbrio é a palavra-chave do sucesso de um trabalho...

por isso é que todos vão tentar desequilibrar a sua equipe.

Demorei para escrever essa crônica...

todos sabem da minha ligação afetiva com o basquete do Flamengo...

se escrevesse na época dos acontecimentos, a galera de Uberlândia não iria me perdoar...

mas seria um absurdo o Caio Torres ser excluído das finais pelo que aconteceu após o jogo em São José dos Campos...

assim como não consigo entender porque tem gente querendo punição ao Fúlvio...

defendo as punições pecuniárias...

acho que todos devem ser multados...

exemplarmente!

mas não vi nada naquela confusão que proporcionasse a necessidade de se excluir os principais astros da competição...

teve gente que tentou filosofar...

teve gente que disse que isso não era basquete...

li uma crônica genial do gênio Sérgio Macarrão...

ele defendeu que isso sempre aconteceu, em todos os tempos, no basquete do mundo inteiro...

já foi muito pior.

o basquete é quente...

sempre será quente...

e, o ideal, é que os hipócritas dirigentes entendam isso urgente...

o basquete brasileiro tem que ferver...

com disciplina...

sem agressões...

mas com muito cuidado para não esfriar o jogo.

Quando o time de Brasília foi eliminado...

eu estava em Macaé...

assistindo a Super Copa Brasil...

e comentei que deveria estar acontecendo uma festa contida na Gávea...

o time de Brasília é quente...

não consigo entender essa moda da 'cabeçada'...

o agressor acha que ninguém vai ver...

por isso, não condeno o Fúlvio por se atirar e encenar...

o que deve fazer um atleta que foi ameaçado por uma cabeçada pelo adversário?

melhor do que revidar...

é mostrar ao mundo o que aconteceu.

mas defendo que o que aconteceu foi mínimo...

tudo não passou do calor do jogo e da rivalidade que alavanca o esporte...

ninguém agrediu, de verdade, ninguém...

segue o jogo...

multa neles...

e levanta a bola de novo...

porque a audiência aumentou.





quinta-feira, 6 de junho de 2013

Técnicos estrangeiros

Não posso negar que os técnicos brasileiros estão merecendo...

está havendo um genocídio e ninguém se mexe...

um xenofobismo ao inverso...

um Super-Técnico argentino na Seleção Brasileira...

a Seleção feminina já foi comandada por um estrangeiro...

técnicos estrangeiros no Palmeiras e no Mogi...

Uberlândia, Minas TC e Flamengo já foram comandados por estrangeiros..

o Minas TC quer seguir a tendência...

o Brasília nem pensou duas vezes...

será que eles sabem mais do que os técnicos brasileiros?

o que acontece é o seguinte...

para ser um Head Coach tem que ter personalidade forte...

tem que mexer com o comportamento de gente adulta...

e a gestão passada da CBB não gostava disso...

a atual continua não gostando...

os grandes técnicos brasileiros foram sendo eliminados...

tipo Big Brother...

colocaram tarjas pretas nos grandes técnicos brasileiros...

tipo 'alguém na CBB não gosta desse cara'...

os árbitros cresceram...

os novos talentos estão sofrendo...

por isso escrevo defendendo os novos talentos...

o Neto e o Gustavo, entre outros, são alvos constantes de patrulhamento...

tentam criar uma nuvem para confundir dominação com indisciplina...

um grande técnico tem que ser dominador...

já o estrangeiro não...

ele vem aqui e não questiona nada...

acho que o Brasil encontrou a fórmula mágica para derrotar a Argentina...

não deixando nenhum técnico argentino lá...

mas eles se reproduzem...

assim como os técnicos brasileiros deveriam se reproduzir também...

mas o basquete brasileiro não gosta de técnicos brasileiros...

os que possuem personalidade forte desagradam...

os que não são dominadores, não servem para nada...

e o pior é que todos estão ganhando razão...

os técnicos brasileiros estão tão paralisados...

sendo completamente dominados...

quando deveriam dominar...

que é capaz que até eu concorde que não temos técnicos em quantidade suficiente...

para acompanhar o reerguimento do basquete brasileiro.




quarta-feira, 5 de junho de 2013

Um enorme acerto, com cheiro de coisa errada

O basquete brasileiro ainda comete alguns erros midiáticos imperdoáveis...

vou tentar ajudar...

A Liga Nacional de Basquete acaba de marcar um gol de placa...

aceitar a inclusão do Fluminense (RJ) e do Universo (GO) foi coisa de quem ama o basquete brasileiro...

mas a verdade não pode ficar obscura

Na história do NBB, a franquia sempre imperou...

a LNB assumiu um compromisso saudável com a CBB de aceitar times vindo de uma competição que foi criada com o nome de Super Copa Brasil...

em 2013, criou-se uma condição adicional...

essas equipes teriam que superar os 2 últimos colocados do NBB anterior...

Suzano desistiu e Macaé se classificou...

mesmo sendo, somente, vice-campeão da Super Copa Brasil...

o campeão, que foi o Fluminense, fraquejou no triangular decisivo...

os clubes classificados, por mérito técnico, ainda têm que ser aprovados no Caderno de Encargos...

mas o sistema de franquias continua valendo...

se o Tijuca TC não se classificasse, sua franquia continuaria valendo...

se o Vitória Basquete, do Mestre Alarico, resolver voltar, tem sua franquia garantida...

Fluminense e Universo (GO), que pessoas desavisadas estão chamando de Ajax, pleitearam a compra de franquias...

isso é legal e ético...

o gerente-executivo da Liga já declarou que as franquias para Fluminense e Universo vão custar o dobro do que a do Macaé...

perfeito...

o próximo NBB vai ter 20 ou 21 equipes

Essa é uma disfunção provocada pelo sucesso do NBB...

a Super Liga de vôlei adoraria ter tantas equipes competitivas assim...

cabe agora formatar a competição...

acredito que para o NBB 2014 se deva reduzir drasticamente o número de participantes...

12 seria o ideal...

já imaginaram 12 no NBB...

e 12 na Liga B?

Todos com televisão e suporte logístico

vai ter gente querendo criar a Liga C

parabéns ao comando da LNB e espero ter ajudado a elucidar uma questão que considero um problema...

não permitam que a mídia futebolística deturpe esse momento...

o Fluminense tem o direito de jogar o NBB igual à todos os times que compraram franquias...

nunca soube que o Flamengo se classificou dentro das quadras...

no primeiro NBB, ele comprou uma franquia e jogou...

isso só vai mudar quando houver Liga B...

por enquanto, quem for poderoso tem lugar garantido no cenário maior do basquete brasileiro.


segunda-feira, 3 de junho de 2013

Voltei a acreditar no basquete brasileiro...

Eu também quero...

venho assistindo ao desenvolvimento clubístico do basquete brasileiro com enorme fascínio...

Uberlândia, Baurú, Franca, São José dos Campos, Sorocaba, Macaé, Vila Velha, Rio Claro, Piracicaba, Caxias do Sul...

o Miguel Palmier brilhando em São José do Rio Preto...

o Marcus Hygino descobrindo o potencial de Ponta Grossa...

o NBB aceitando a inscrição de duas futuras potências (Fluminense e Universo-GO)...

a Liga B sendo estruturada por gente altamente capacitada...

a Liga de Desenvolvimento bombando...

eu também quero!

Afinal de contas, fui homenageado com a inclusão do meu nome na 'Calçada da Fama' do Flamengo, na Galeria 'Grandes Mestres'...

desenvolvi projetos vencedores em Jales, Santo André, São Caetano, Uberlândia, Uberaba e Macaé...

todos frutificaram...

infelizmente, o cenário do basquete brasileiro, na época, não me ajudou...

na minha última experiência, fomos campeões dos Jogos Abertos Brasileiros dirigindo Cabo Frio...

e vários jogadores se revelaram ali...

o basquete sempre foi minha vida...

mas não vou mentir...

qualquer relacionamento com a atual CBB não me interessa...

mas a Liga é outra coisa...

voltei a acreditar no basquete brasileiro...

e torço para que o basquete brasileiro volte a acreditar em mim



sábado, 1 de junho de 2013

O Melhor Técnico do NBB 2013

Eu já vinha anunciando que não tinha mais prazer em escrever minhas opiniões sobre basquete...

e o término do Clipping do Basquete aumentou minha convicção em parar...

Mestre Alcir Magalhães afirmou que o Clipping trouxe mais desgostos do que soluções...

concordo plenamente...

mas, hoje, me sinto na obrigação de escrever...

afinal de contas, minha luta pela classe dos técnicos brasileiros não vai terminar nunca...

a Final do NBB foi sensacional...

só tenho elogios...

mas a votação de melhor técnico da temporada...

adoro o Lula...

mas ninguém pode tirar do Neto o prêmio de melhor técnico do NBB

O Flamengo foi impecável

Qual time pode perder um Marcelinho Machado na primeira rodada e manter a força durante toda a competição?

quem foi encontrar na contratação de um atleta paraguaio a solução para esse problema?

quem manteve a força do elenco mesmo com mais desfalques?

quem manteve a magia do basquete dentro de um cenário político complicado dentro do Flamengo?

quem conquistou a nova diretoria, que teima em execrar a diretoria anterior...

que foi quem o contratou e montou esse elenco, mesmo sem patrocínio?

quem bateu o recorde de jogos invictos dentro do NBB?

quem manteve a torcida do Flamengo inflamada durante toda a competição?

O Lula realizou um bom trabalho e merece ser citado...

o Hélio Rubens levou Uberlândia à grande final, que foi um feito histórico...

Brasília e Pinheiros fracassaram na pior hora da temporada...

mas o Neto realizou no Flamengo um dos melhores trabalhos da história do basquete clubístico brasileiro...

ele tem que receber todos os prêmios que forem decididos por quem entende de basquete.