quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Anjos e Demônios em busca de mais Moicanos no Basquete Brasileiro

Os anjinhos, e os demoninhos, que habitam meu coração... estão em festa.

Ontem, foi aquele dia do ano em que recebo Alberto Bial em Macaé.

O Bial tem uma história no Basquete muito próxima a mim.

Apesar de ser 8 anos mais velho... seguimos uma trilha parecida.

Ele cursou sua fase colegial no Santo Inácio... e eu no Santo Agostinho, ambos no Rio de Janeiro.

Sinceramente, dois dos grandes colégios do Brasil.

Tínhamos pontos para cursar qualquer faculdade que escolhêssemos...

e optamos por fazer Educação Física... na UERJ... que era referência na área esportiva.

Bial foi um dos grandes armadores que vi jogar.

Ele tinha magia no seu jeito de atuar. Ninguém matava bola na sua frente.

Em outro 'Ora, Bolas!' explico o motivo.

O Bial era genial jogando. Ele sempre foi um líder nato.

Ontem, convidei-o para ministrar uma palestra para o recém formado grupo 'Esportes em Macaé'...

que criamos em parceria com a AABB local.

Macaé vive, e respira... futebol.

e o futebol é o esporte mais egocêntico do Brasil.

Quem assistiu a palestra ficou extasiado.

Meus filhos estiveram presentes... e isso não tem preço.

Eles receberam um banho de cidadania, atitude... postura, magia, carisma... e muitas outras valências que nenhuma escola ensina.

Só sei que quem não foi, perdeu.

O Bial é um dos últimos moicanos.

É da escola aonde os 'head coaches'... ou técnicos principais, tinham que ter mestrado em vida, psicologia, didática, pedagogia, comunicação... e muito mais.

Tinham que saber dominar a relação com atletas insatisfeitos (lembrando que um time de basquete é formado por 7 atletas insatisfeitos, e 5 desconfiados)...

com sua própria torcida... com a torcida adversária...

com seus dirigentes... e com os demais comandantes de todas as esferas...

com a arbitragem...

além de pais de atletas... e da mídia em geral.

Um técnico de basquete tem que encantar... dominar.

A Hortência já me disse várias vezes... que, até hoje, ainda treme quando vê a Maria Helena Cardoso, a Rainha Vitória... na sua frente.

Técnico que pede tempo para desenhar a próxima jogadinha numa pranchetinha...

não é técnico de basquete.

As jogadinhas são exaustivamente ensaiadas nos treinamentos.

As pranchetinhas só devem ser utilizadas para um possível improviso.

Uma equipe tem que ter um cartel de opções táticas.

Quem seleciona a próxima opção... é o armador, dentro da quadra.

Ele é quem tem a leitura instantânea do jogo.

O técnico é seu auxiliar.

Sugere a melhor opcção no seu ouvido...

e socorre os demais atletas... aonde eles estiverem errando.

O Bial é um Técnico de Basquete... e de vida.

Montou no Ceará... um dos mais bonitos projetos esportivos do Brasil.

Ele sempre foi referência em todos os lugares por onde passou.

E desenvolver o esporte cearense... foi um dos seus grandes desafios.

A Seleção Brasileira precisa dele.

Nosso basquete CBB está no fundo do poço.

O silêncio dos inocentes basqueteiros está ensurdecedor.

Precisamos do seu carisma... e da sua veia midiática.

Precisamos da sua competência... e do seu amor pelo esporte... e pela vida.

Não sei bem quem está escrevendo essa crônica...

se é meu anjinho... ou se é o diabinho.

Só sei que é o primeiro 'Ora, Bolas!' do mês de dezembro.

O último que escrevi, em novembro... superou a marca das 2.000 visualizações em todo o Brasil.

Nem assim me senti motivado a abrir um pouquinho do tempo que estou dedicando ao futebol.

Só o Bial para despertar isso em mim.

Será que estou me tornando egocêntrico... como fruto de estar trabalhando no futebol?

Ou será que aderi ao silêncio dos inocentes também?

Só sei que acordei com vontade de gritar.

Com vontade de berrar contra aqueles que agrediram o Edvar Simões em São José dos Campos...

com vontade de gritar contra aqueles que agrediram o Bial no jogo contra o Flamengo...

com vontade de lutar contra aqueles que deturparam a cultura esportiva brasileira...

com vontade de escrever contra dirigentes casuístas que se perpetuam com o voto de 14 corruptos...

e com vontade de detonar aqueles que se calam diante do maior escândalo da história do basquete brasileiro...

acreditando que o NBB é suficiente para sustentar a popularidade de um dos esportes mais importantes da nossa sociedade.

Bial recebeu o diploma de amigo do Esporte em Macaé

segunda-feira, 28 de novembro de 2016

Técnicos do RJ lutam por técnicos em basquete... Mogi brilha... e Renatinho - Odinei vive seu melhor momento

Vou confessar uma coisa.

Sou formado em Educação Física, pela UERJ...

e pós-graduado (lato senso) em Técnico em Basquetebol, pela USP, em São Paulo.

Essa era uma especialização que jamais poderia ter acabado.

José Medalha e Dante de Rose capitaneavam uma equipe de grandes mestres... e doutores do esporte.

Sei lá...

acho que acabou porque a oferta era maior do que a procura.

Quem, em sã consciência... pode querer investir na carreira de técnico em basquete, nos dias de hoje?

Quem pode viver disso?

No nosso tempo, o Basquete era mágico.

Os Grandes Mestres exerciam fascínio em toda sociedade.

Não usavam pranchetinhas coloridas.

Eram Mestres em disciplinas... que transcendiam, e muito...

a parte técnica... e tática do jogo.

Tenho um enorme orgulho em dizer que sou Técnico em Basquetebol.

Mas não tenho orgulho das associações que existem atualmente.

Um técnico em basquete... tem que ter personalidade forte.

Tem que ser dominante.

Tem que ter fortes opiniões... e fortes posições.

Não pode ser refém de ninguém...

mesmo sabendo que o mercado é extremamente cruel.

Assisti ao jogo Vasco 71 x 69 Basquete Cearense, pelo Sportv...

e fiquei muito feliz ao ver grandes técnicos apaixonados... na arquibancada de São Januário.

Ver Miguel Palmier, Rodrigo Kanbach, Fredinho... e muito mais...

torcendo pelo Christiano, do Vasco.

O Flamengo tinha acabado com isso.

Sei lá...

não vejo ninguém torcendo pelo José Neto.

Será que todos sentem saudades do Chupeta?

Só sei que recebi uma cópia do e-mail da Associação de Técnicos do RJ...

endereçada para a Associação de Técnicos de Basquete do Brasil.

Péra lá.

Associação de Técnicos de Basquete do Brasil?

Com alguns técnicos que estão atuando no NBB?

Como assim?

Os milhares de treinadores da base, do feminino, os que não estão em atividade, os professores das escolas, das escolinhas, os universitários... e todos os demais...

estão excluídos?

Isso não pode ser levado a sério.

Enfim...

Só sei que a Associação do Rio, comandada pelo competente Márcio Andrade...

pleiteia técnicos em basquete...

nos cargos técnicos da CBB.

Isso me encheu de alegria.

Essa associação está no caminho certo.

Talvez tenha chegado a hora de questionar a administração do basquete do nosso estado...

e lutar por alguém que coloque o basquete carioca no seu devido lugar.

Por falar em devido lugar...

O que foi a vitória internacional do Mogi na segunda partida contra o Bahia Blanca, em Mogi?

Para início de conversa...

aprendi com o Mestre Trajano...

e vivencio, diariamente... com os narradores do Fox Sports e Canais ESPN, em jogos de futebol...

que as transmissões não podem ser lineares.

Têm que possuir picos constantes de emoção.

Só sei que a dupla Odinei e Renatinho estava possuída.

Penso que realizaram uma das melhores transmissões de todos os tempos.

Torciam pelo time brasileiro...

criticavam a arbitragem...

e contagiavam quem passava por ali.

E tudo isso com muita qualidade e informação.

Sensacional!

Quem diria que o Renatinho se tornaria um dos grandes técnicos do basquete brasileiro?

Péra aí.

Será que ele pode fazer parte da associação brasileira de técnicos?

Fiquei em dúvida.

Não sei não.

Acho que só quem dirige time no NBB pode se inscrever.

Só sei que na minha associação o Renatinho é ídolo...

e pode escolher o lugar que quiser.

Quem também é ídolo é o Guerrinha.

Todos sabem que o Mogi é o plantel mais manhoso do Brasil.

O Paco Garcia... e o Danilo Padovani, sabem muito bem disso.

Mestre Guerra está dando show.

E está fazendo Jimmy, Filipin, Lersch... darem show também.

Larry Taylor e Shamell deram show no primeiro jogo.

E o Tyrone dominou a segunda partida.

Basquete é assim mesmo.

O Caio Torres tem que ser dominante...

a jogada aonde ele cai na posição 1... funciona bastante.

Ele chuta de 3... daquele lugar...

e obriga seu marcador a esvaziar o garrafão.

Isso ajuda demais.

Adorei quando o Renatinho escreveu no facebook... e repetiu na transmissão...

que a arbitragem tem que ser respeitada... e não temida.

Tem muito árbitro novinho precisando ler isso.

Adorei também... quando o Odinei disse que "com 20 anos, não quebra, só amassa"...

após uma forte queda do argentino Vaulet.

Só sei que o Mogi soube ser mandante.

Lembram aquela resposta do Hélio Rubens, quando perguntado sobre o que faria para marcar o Marcelinho Machado?

Ele respondeu, sem titubear: "Cometeria 3 faltas muito bem feitas... para tirar o equilíbrio".

Acho que o Filipin ouviu isso.

Ele desequilibrou o Redivo... que mete muita bola de 3.

O Shamell jogou muito abaixo do normal...

mas isso não é tão anormal assim.

Esse é o tal problema que não tem solução... no livro 1, do Manual do Jovem Técnico Aprendiz.

Só que o Guerrinha soube resolver... com maestria.

Ele não subiu de rendimento...

mas cobrou 13 lance-livres... acertou 12... e ganhou o jogo.

Guerrinha orientava:

"Não fiquem com a cabeça no erro...

Esqueceçam o erro!"

Mestre Renatinho, então... se superou...

disse que Mogi... que passou o jogo inteiro atrás do placar...

tinha uma carta na manga,

"Apesar de que, no basquete... não tem manga.

A carta deve ficar no tênis".

Só sei que o Mogi virou o jogo...

venceu por 80 x 77... e fez 2 x 0, na série melhor-de-cinco.

Agora, são 2 jogos na Argentina.

Guerrinha, na entrevista após a partida...

continuou dando banho de competência:

"Como diz Mestre Wlamir, meu ídolo...

tem dia que é noite.

O time argentino jogou melhor do que o nosso.

Mas tivemos o mérito de saber fechar o jogo".

Mestre Guerrinha está realizando um difícil trabalho em Mogi com muita competência




terça-feira, 22 de novembro de 2016

Sem Políticos de Estimação... em busca do Moro do Basquete... Chris dá exemplo de comando... e derrota Guerrinha, mordido por dentro

Antes de mais nada...

quero afirmar que tenho respeito... e carinho... estratosféricos pelo Mestre José Medalha.

Ele é um dos grandes personagens da nossa história.

Mas como o 'Ora, Bolas! existe para alimentar polêmicas...

vamos à elas.

Medalha postou que os basqueteiros devem lavar roupa suja em casa.

Afirmou que críticas públicas enfraquecem nossa modalidade.

É claro, que na essência... ele tem razão.

Mas o momento do Brasil é outro.

As operações Lava-Jatos da vida comprovam que a corrupção anda batendo todos os recordes do insuportável.

Não dá mais para ficar calado.

Temos que provar que o crime não compensa.

Não dá para continuar tendo 'político de estimação'.

Não se pode mentir, inventar... difamar sem nenhum fundamento.

Mas é obrigação agir.

Afirmei, numa crônica anterior... que a atual gestão não gosta de basquete.

Afirmei que a Gestão Grego, anterior a ela... havia massacrado a cultura específica do nosso esporte.

Foi impressionante a quantidade de curtidas.

Teve uma curtida muito especial... que referendou tudo que escrevi.

Guardadas todas as proporções...

o Balassiano é... o Moro do basquete.

Eu até quis ser também... mas desisti faz muito tempo.

Todas as vozes devem se elevar.

Os técnicos de basquete... que são reféns de um mercado diminuto...

devem parar de ter medo de perder seus empregos...

largar as pranchetinhas...

e utilizar o poder das suas lideranças.

O jogão da semana foi Vasco 94 x 70 Mogi, em São Januário.

Péra aí...

São Januário não estava sem laudos na final do Campeonato Carioca?

O Vasco não teve que enfrentar o Flamengo... com portões fechados?

Sei lá...

as finais do Estadual... que já foi o mais charmoso do Brasil...

foram um festival de barbaridades.

Mas deixa pra lá.

Péra aí...

Eu falei jogão?

Não teve nada de jogão.

Mas foi enriquecedor para quem estuda Basquete.

O Mogi tem um plantel que necessita de treinador com Mestrado... e Doutorado.

É a maior concentração de craques manhosos do Brasil.

O Paco... e o Danilo Padovani... que o digam.

O Guerrinha... que afirmamos ser o melhor técnico em atividade no país...

sabe disso.

Mogi tem a Final da Liga Sul-Americana nessa semana.

Melhor-de-cinco jogos... sendo 2 na Argentina.

A Liga Sul-Americana do basquete... é semelhante a do futebol.

Os melhores times do continente não participam.

Mas isso não tem importância.

O importante é que será o primeiro título internacional do Mogi.

E o título mais importante do ano...

no universo clubístico brasileiro...

já que nossos times estão suspensos da Copa América.

Aliás...

quem mandou ouvir o Medalha... e não gritar contra os desmandos da CBB?

Agora está todo mundo suspenso.

E ainda tem gente achando que o NBB tem que resolver todos os problemas do Brasil.

Prefiro ficar de olho no que o Amarildo está aprontando.

Só sei que o Guerrinha disse... antes do jogo...

que o Caio Torres não iria jogar.

Disse que era porque ele seria poupado para os jogos internacionais.

Afirmou que uma eventual derrota para o Vasco...

não faria tanta diferença num campeonato tão longo...

e tão equilibrado.

Me lembrou o Muricy... num jogo de futebol do Flamengo.

Ele declarou, antes de uma partida... que o time estava cansado.

Vou dizer uma coisa...

até quem não estava cansado... ficou.

Sábado... até quem estava focado... desfocou.

Menos o Shamell.

Por que o Shamell tem sempre que ser diferente?

28 pontos... e 31 de eficiência...

num jogo em que Mogi... no total...

marcou 70 pontos... e obteve 65 de eficiência.

O Tyrone... tendo que jogar de cincão...

se enrolou todo.

O Danilo, comentarista da Band... e que já foi jogador do Guerrinha...

disse que o Guerra aparentava muita calma por fora...

mas que por dentro... estava se mordendo.

Não é nada fácil para um treinador administrar um problema da página 457.

Principalmente para um Super Técnico... que é totalmente competitivo.

O Vasco...

que não tinha nada a ver com isso.

Reabilitou sua dupla mortífera.

David Jackson, que afirmamos ser um dos craques mais letais desse NBB...

marcou 26 pontos... e obteve 30 de eficiência.

Nezinho... que voltou a preocupar as defesas adversárias...

assinalou 22 pontos... deu 7 assistências... e conquistou 20 de eficiência.

Numa pedida de tempo debitado...

aconteceu algo que encheu os olhos desse cronista.

Afinal de contas...

afirmamos que o Christiano Pereira é remanescente da Era dos Grandes Técnicos no Brasil.

O armador argentino Palacios havia cometido algumas bobagens.

Chris parou o jogo...

e falou com tom de voz forte... e suave:

"Me escuta..."

Sempre que o argentino tentava argumentar...

o competente treinador não permitia... "Me escuta..."

Só sei que o argentino escutou.

E passou a jogar demais.

Pelo menos parou de dar passes de peito...

em situações que isso não era aconselhado.

Como é bom ver técnicos que, em vez de se esconder em lindas pranchetinhas...

ensinam, quem quer que seja... a jogar Basquete.

O Príncipe Danilo, tendo seu melhor dia como comentarista da Band... também escutou...

e comentou:

"O Vasco tem comando!"

Afinal de contas...

o Danilo, que foi um dos craques mais elegantes do Brasil...

jogou muito tempo sob o comando... de grandes comandantes...

e entende muito disso.

Bruno Fiorotto, sem nenhum cincão do outro lado, deitou e rolou no garrafão adversário.
12 rebotes e 16 de eficiência

Márcio Dornelles é um dos gigantes desse NBB.
Com 40 anos de idade, é o 'Zé Roberto' do Vasco

David Jackson é um dos craques mais letais desse NBB

Nezinho voltou a preocupar a defesa adversária

Guerrinha utilizou o jogo oficial contra o Vasco para preparar sua equipe para as finais da Liga Sul-Americana.
Isso não é para qualquer um

Tyrone se enrolou todo jogando de costas para a cesta


quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Seleção de Basquete tem que ser Patrimônio Nacional... A Teoria na Prática é Outra... e Macaé dá show extra-quadra

Está tramitando na Câmara dos Deputados, em Brasília...

uma proposta de autoria do deputado Silvio Torres (PSDB-SP)...

que estabelece a Seleção Brasileira de Futebol...

como um patrimônio cultural do Brasil.

Esse projeto ganhou força com o escândalo de corrupção no futebol.

Caso a Seleção se torne patrimônio cultural...

o Ministério Público se torna apto a interferir na gestão e transparência da entidade nacional...

podendo, por exemplo... analisar contratos firmados pela CBF.

Por que não considerar a Seleção Brasileira de Basquete também?

Aonde estão os deputados comprometidos com o basquete?

e com o vôlei? e com as demais modalidades que lutam tanto para defender as cores do nosso país?

Esse projeto já foi aprovado pela Comissão de Cultura e Esporte, na Câmara...

e precisa passar, apenas, pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para ir para o Senado.

Aonde estão as vozes ativas do basquetebol brasileiro?

Enquanto isso...

no vibrante basquete tupiniquim...

o NBB continua batendo o recorde mundial de prorrogações.

Ontem, fui ao Ginásio Juquinha...

assistir a um jogo de alta tensão (como é bom o pessoal do site do NBB)...

Macaé Basquete 90 x 92 Pinheiros.

Tenho a obrigação de enaltecer o trabalho do basquete macaense.

Quem acompanha a trajetória do Ora, Bolas!...

sabe que nunca me declarei fã do basquete da cidade aonde moro.

Mas tudo mudou.

O trabalho extra-quadra do Macaé Basquete é o melhor do Brasil.

A torcida macaense é muito alto astral.

O Projeto Macaé Basquete... engloba o Basquete na Praça... e o Basquete Sobre Rodas.

A ausência do nome da Prefeitura reduziu o investimento.

O primeiro craque que contrataram... foi o Raphael Bózeo e sua equipe.

O trabalho de marketing está demais.

Fui ao cinema no Shopping Macaé... assistir "O Contador"...

e me surpreendi com uma propaganda, muito bem produzida, do Macaé Basquete, antes da sessão.

Não sei não...

acho que gostei mais do Léo Costa... do que do Ben Affleck, no filme.

Me informei que ela é veiculada em todas as sessões... de todas as salas.

Camisas de torcedores... vasta propaganda em todas as mídias... equipe de seguranças e de apoio.

Meninas bonitas dançando em todos os intervalos.

Dj's do ramo... tipo NBA.

Tudo em alto nível.

Não posso esquecer da Fabiana... que realiza um trabalho logístico fantástico.

Nem da torcida uniformizada 'Leões de Macaé'... que torce pelo Macaé Esporte... mas se apaixonou pelo Macaé Basquete.

Ainda falta investimento no plantel de jogadores... mas não falta atitude dentro e fora da quadra.

Sobre o jogo...

tenho que parabenizar a Liga Nacional por ter substituído aquelas armações de ferro... que seguravam as publicidades... por estruturas de espuma.

Esse pessoal da LNB é muito bom.

Ontem, li um post do super técnico Marcus Hygino...

falando que os jovens técnicos só falam em defesa...

mas só rabiscam jogadinhas de ataque nas suas lindas pranchetinhas.

Não é que ele tem razão?

Mas no Pinheiros é diferente.

Sou fã demais do César Guidetti.

Talvez por ele ter sido meu aluno na Universidade de São Caetano (SP)...

e conhecer sua seriadade e competência.

O Pinheiros tem time para vencer qualquer adversário nesse NBB.

Principalmente depois de saber que contrataram o Teichmann.

Tem craques decisivos... Holloway, Bennett e Neto.

Ontem, a bola do Neto não quis cair (4/11 de 3 pontos)... mas isso não é normal.

Tem jogador que é ligado nos 110 volts. Tem feras que jogam em 220 V.

O Neto é 330 volts.

Penso que o Cesinha deve diminuir um pouco isso.

280 volts estaria legal.

O Gemerson é muito talentoso.

E os pivôs são gigantes

O titular Ansaloni (jogou 22 minutos)... saiu zerado do jogo.

Pode isso, Arnaldo?

Os outros gigantes também erraram demais.

No Macaé...

o Schneider joga demais.

O armador norte-americano Anthony me lembra alguns craques que já tive oportunidade de dirigir.

Mas é pequeno demais.

No site da LNB... ele tem 1,75m...

mas todos sabemos que atleta estrangeiro...

sempre deixa alguns centímetros na alfândega...

na hora em que entra no Brasil.

Nesse nível...

qualquer adversário saberá explorar o mismatch.

Antigamente, todo mundo iria insistir no 1 x 1.

Atualmente, tome tiros de 3 pontos.

Pensando bem...

não sei não.

Nosso pequeno gigante anotou 22 pontos...

e bateu recorde... ao sofrer 11 faltas em toda a partida...

utilizando, com eficiência... o flop tão combatido por esse cronista.

No caso dele... posso até relevar.

Qual outro recurso seria possível para anular Bennett e Holloway?

PS. Insisto que existem situações que não constam nas 10 primeiras páginas do Manual do Jovem Aprendiz.

E existem problemas que só são resolvidos por grandes mestres.

Ontem, muitas situações inusitadas.

Nosso Cesinha, 3 pontos na frente... alternava sua equipe... para fazer falta em baixo... sem dar chance de uma tentativa de 3 pontos para o Macaé.

Na segunda vez... o esperto Antony, ao ultrapassar o meio da quadra... tentou arremessar dali mesmo.

Falta assinalada... 3 lances para o Antony... que empatou a partida...

para o espanto do menino que fez a falta... achando que estava fazendo o que tinha sido orientado.

Na última bola. faltando 4 segundos...

o Neto arremessou de qualquer maneira, do meio da quadra.

Os jogadores do Macaé torceram muito para a bola não entrar... e esqueceram que ainda haveria um rebote.

O experiente Bennett, sem deixar a bola cair... saltou, e colocou a bola para dentro... antes da tabela ficar iluminada.

Basquete é jogo para gente forte.

Afinal, no Basquete... a teoria na prática é outra.

O norte-americano Bennett é uma das atrações desse NBB

O norte-americano Anthony joga demais,
mas abusa do flop para marcar adversários mais altos

O Schneider joga demais.
Foi um leão no jogo de ontem

(fotos do craque Raphael Bózeo)

A torcida Leões de Macaé, do Macaé Esporte, realizou uma grande festa no Juquinha ontem



terça-feira, 15 de novembro de 2016

Crônica de uma Morte Anunciada

Estamos lendo que a Confederação Brasileira de Basketball foi suspensa pela Federação Internacional.

Muita sujeira envolvendo tudo isso.

Parece que os clubes brasileiros estão suspensos de competições internacionais.

Nada mais justo do que isso.

A Gestão Grego matou a cultura específica do basquete brasileiro.

O então presidente da CBB não gostava de ser questionado. Não tolerava quem tinha opinião.

Houve um verdadeiro genocídio. As cabeças pensantes foram afastadas, perseguidas... e difamadas.

O Brasil maltratou seus ídolos.

O Oscar Schmidt, um dos ídolos mais midiáticos da nossa história... se ofereceu para liderar uma revolução histórica.

Seu ego... e seu temperamento... foram armas letais na mão dos poderosos da CBB.

Mas a semente foi plantada.

A Nossa Liga de Basquete é eterna.

Ela foi o embrião do atual NBB.

Só que custou muito caro.

A Nossa Liga não era o Oscar.

Era Hortência, Magic Paula, Nenê, Janeth...

Era os principais dirigentes de clubes do Brasil...

e era os melhores dirigentes de federações do nosso país.

O NBB foi criado... em troca do silêncio dos inocentes.

Tem uma meninada fazendo basquete... super competente.

Eles dão banho de mídia... de organização... e de seriedade.

Mas basquete é muito mais do que isso.

Basquete é uma ciência tão complexa quanto a física quântica.

Fazer basquete no Brasil... sem Wlamir Marques, Edvar Simões, Maria Helena, Cláudio Mortari...

sem Marcel, Janeth, Amauri Passos, Carioquinha, Marquinhos...

sem Hélio Rubens, Heleninha, Antônio Carlos Barbosa, Miguel Ângelo da Luz...

sem as grandes duplas de técnicos do feminino brasileiro...

sem os craques que formavam gerações inteiras no nosso masculino...

sem a força do interior de São Paulo...

sem dirigentes apaixonados pelas inúmeras cidades tradicionais da nossa história...

não tem como dar certo.

Quando fui dirigente da Federação do Rio nos anos 2.000...

conquistamos um sucesso impressionante.

Entendíamos o basquete como algo global.

Em vez de apoio... fomos fortemente perseguidos pela entidade-mãe.

Foi quando abri mão do meu status... e passei a escrever crônicas denunciando os desmandos dos nossos dirigentes.

Houve até uma intervenção na CBB.

Entramos lá... e os computadores estavam deletados.

Uma vergonha.

Não deu em nada.

Foram ardilosos, como sempre... e jogaram os frágeis presidentes de federações contra nós.

Teve um grande técnico de basquete que não se cansou de alertar:

"Toma cuidado, Guilherme"

Só que eu não estava nem aí para o meu cargo... e continuei.

E me afastei.

Houve uma eleição forjada na FBERJ...

aonde o atual presidente se elegeu... com os votos de quem não podia votar.

O presidente da época, Pedro Arantes... não quis comprar a briga.

Até porque o orçamento estava, cada ano, menor.

Como manter a qualidade do basquete num estado... com o declínio vertiginoso do basquete nacional?

Fomos todos para casa.

Fui trabalhar com futebol, jornalismo e marketing.

Prestem bem atenção ao que vou contar agora.

O tempo passou.

O basquete brasileiro continuou em queda livre.

O Grego me procurou querendo voltar para a presidência da CBB.

A princípio, eu não quis papo.

Mas ele insistiu...

disse que estava mudado...

pediu perdão...

disse que não queria mais saber da equipe de trabalho do passado.

O pior é que o staff do Grego me demonstrou muita coisa feia da Gestão Carlos Nunes.

Era nítido que o Carlinhos não gostava de basquete.

Os candidatos estavam totalmente definidos.

Seria Grego x Carlos Nunes.

Tive a certeza que o basquete brasileiro não suportaria mais 4 anos dessa atual administração.

O mundo caiu em cima de mim.

Até meu ídolo Oscar Schmidt andou dando entrevistas de apoio ao Carlinhos.

A rejeição ao Grego era total.

Teve gente dizendo que meu apoio era em troca de algum cargo.

Eu jamais trabalharia com o Grego.

Só desejei demonstrar que 'muito ruim com o Grego'... 'pior com o Carlos Nunes'

Enfim...

me afastei novamente.

Só mantive o elo através do Ora, Bolas!

Ninguém é inocente.

O que está faltando para um impeachment?

O que está faltando para se convocar todas as cabeças pensantes do nosso esporte?

Respeitar a história.

Criar um conselho consultivo capaz de fornecer subsídios positivos para os atuais projetistas.

O NBB é um super produto...

mas não pode ser a solução de todos os problemas. Nem da metade deles.

Temos que evoluir.

Estou confiante.

Tem gente muito boa querendo assumir a CBB.

Mas nada funcionará se todos os basqueteiros não mudarem de atitude.

Os afastados devem voltar a ter fortes opiniões...

e os que estão em atividade... devem começar a utilizar suas vozes...

em vez de ficar rabiscando lindas pranchetinhas.


segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Deryk, Giovanonni e Fulvio resolvem... Lucas machuca... e Ceub é mais positivo do que nunca

Estamos num momento muito especial.

Assumimos a direção de marketing do futebol profissional do Macaé Esporte FC...

e criamos um portal chamado 'Futebol em Macaé'.

Esse portal será composto de site, blog, youtube, instagram, página no facebook, grupo de face, twitter... e mais todas as redes sociais possíveis.

Só que não ficará restrito ao futebol de Macaé.

Teremos sempre espaço para o futebol de toda a região... e de todo estado.

E muito carinho por todas as modalidades esportivas.

O Ora, Bolas! estará linkado dentro desse portal.

O Ora, Bolas! não tem nenhuma pretensão de informar... nem de comentar, de forma global, uma partida inteira de basquete.

Queremos, apenas, colaborar com a cultura global de um dos melhores esportes do mundo.

Abordar temas que não tenham sido analisados pelos comentaristas televisivos.

Falar de problemas que estejam muito além da página 10 do manual do jovem aprendiz.

O Ora, Bolas! passará a ser produzido duas vezes por semana...

segundas e quintas.

Hoje, vamos falar da vitória do Brasília sobre o Vasco.

Como caiu a equipe vascaína sem o David Jackson.

Aliás... vou passar a utilizar o David Jackson para tentar explicar algumas coisas.

Todos os times precisam de um jogador com a soltura... e a explosão... que ele apresenta no Vasco.

O Ceub Brasília, por exemplo... está apresentando o Deryk.

Tenho que tirar o chapéu para o Ruben Magnano.

Foi um grande legado que ele deixou no Brasil.

O Derik era reserva do Nezinho, em Limeira.

E foi convocado para todas as seleções brasileiras possíveis e imaginárias.

Jogou Universíade... Seleção B... Seleção A...

ganhou personalidade... e virou craque.

"A equipe está junto comigo", sentenciou o jovem técnico Bruno Savignani.

Sempre afirmamos, aqui... que jovens técnicos se enrolam com problemas de certa qualidade.

É isso mesmo...

problemas possuem... quantidade e qualidade.

Normalmente... é melhor resolver um punhado de problemas...

do que apenas um... de difícil solução.

Mas acho que o Savignani vai se dar bem.

Ter um Deryk... um Giovanonni... e, principalmente, um Fúlvio... no plantel...

reduz, drasticamente, o tamanho de um problema.

Brasília, com o Fab Melo... é um dos grandes favoritos ao título desse ano.

Por falar em pivô...

estou impressionado como o Murilo está cada vez mais dependente do pick'n roll.

Aliás... não consigo mais ver pivôs recebendo bolas sem ser de costas para cesta.

As famosas pranchetinhas apagaram o hi low.

Será que é porque os árbitros não apitam mais as cargas faltosas pelas costas?

Sei lá...

só sei que... nesse NBB... quem souber utilizar pivôs... sai muito na frente.

Tomara que o Savignani consiga ter o grupo com ele durante toda a temporada.

Afinal de contas...

Uma equipe de basquete sempre foi constituída por 7 jogadores insatisfeitos...

e 5 desconfiados.

O Vasco só conseguiu endurecer os primeiros minutos de jogo.

Foi quando o Savignani pediu tempo... e mandou não realizar mais dobras no Nezinho.

O Nezinho sempre foi um dos melhores armadores do basquete brasileiro...

mas não anda preocupando as defesas adversárias.

Gostei de ver o Marcellus voltando a jogar no Vasco.

Vejo um potencial nele... de penetração... semelhante ao do David Jackson...

sem medo de exagerar.

E penso que não precisará de um Magnano... para, finalmente, explodir na carreira.

O Christiano o conhece melhor do que ninguém.

E as coisas acontecerão naturalmente.

Trabalho no futebol... e estou acostumado a ver jogadores simulando faltas inexistentes.

Mas no basquete... isso é novidade para mim.

O flop virou algo constante.

Isso não é legal... nem compatível com a elegância do nosso esporte.

O príncipe Danilo, comentarista da Tv Bandeirantes...

disse que o Lucas Mariano estava machucando a defesa vascaína.

19 pontos... 13 rebotes... 4 faltas recebidas... 19 pontos de vantagem no período em que esteve em quadra... e 26 de eficiência...

para um jovem que não teve a oportunidade de ser dirigido pelo Guerrinha, em Mogi.

Por falar em vantagem numérica no período que determinado jogador esteve em quadra...

o Deryk abriu 32 pontos enquanto esteve jogando.

O Fúlvio, 26... Pilar, 19...

e o Giovanonni, que não cansamos de afirmar que é um dos jogadores mais letais do NBB, 29.

No Vasco... todos os jogadores foram negativos.

Impressionante isso.

Lucas Mariano teve uma das melhores atuações da sua carreira

Deryk é a arma letal do time do Ceub Brasília

Gui Giovanonni é um dos jogadores mais completos do NBB

A Tv Bandeirantes anunciou sua grade de jogos ao vivo.
Flamengo e Vasco estarão em todos os jogos.
A imensa torcida presente em todos os ginásios do Brasil justifica isso




quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Franca voltando a ser Franca... e o Flamengo continuando a ser Flamengo

Sempre afirmamos que o Basquete tem mais elementos dramáticos do que as famosas novelas da Tv Globo.

Tudo que um grande autor de novelas pode procurar...

acontece espontâneamente numa partida desse esporte.

O Flamengo começou o NBB protagonizando duas partidas repletas de situações espetaculares.

E venceu as duas.

Esse cronista confessa que se emocionou demais com esses jogos.

Franca voltando a ser Franca.

Todos sabem que afirmamos, com veemência, que um técnico jovem tem que ter uma longa jornada para conseguir resolver os problemas que surgem a partir da página 10 do manual.

Mas nossa crença no Helinho é total.

Franca já tem o melhor sistema defensivo desse NBB.

2 em 1... em todas as bolas.

Afinal... além dos 5 jogadores em quadra...

jogam também... Hélio Rubens, Fransérgio, Totó, Fernando Minucci, Chuí...

além do Pedroca... sentado no teto do ginásio.

Impagável a cara do Hélio Rubens para o árbitro novinho... após ele apitar uma falta inexistente contra Franca.

Sou fã do Cipolini... 15 pontos e 19 de eficiência, mesmo tendo que segurar a onda do garrafão francano.

O Cipolini é daqueles que produzem tanto dentro, como fora do garrafão.

Tanto de frente... como de costas para a cesta. Tipo Guilherme Giovanonni.

Só que precisa da companhia de pivôs.

Franca anunciou a chegada do Toyloy. Aquele mesmo do Palmeiras.

Tem tudo para dar certo.

Meu ídolo Renatinho afirmou que Franca terminará entre os 8 melhores times do Brasil.

Não sei não.

Esse 'Ora, Bolas!' sempre foi ousado.

Vou cravar que Franca fica entre os 4.

Flamengo, Bauru, Mogi e Basquete Cearense que se virem.

Agora é o momento de chover no molhado.

Como jogam Marquinhos, Marcelinho Machado, Olivinha, JP...

Gostamos demais quando o Renatinho analisou que o Flamengo vai machucando a defesa adversária.

O Ronald Ramon é monstro.

Mesmo não sendo armador... sabe tudo de armação.

É um time com personalidade de campeão.

Franca ainda tem muito para evoluir.

Legal saber que o Hélio Rubens anda ajudando nos treinamentos.

Para ele... treino é jogo... e jogo é guerra.

Não tem esse negócio de jogador não gostar de ser cobrado em treino.

Quando o repórter do Sportv perguntou o que ele faria para marcar o Marcelinho Machado...

ele não titubeou:

"Cometeria uma 3 faltas muito bem feitas... para tirar o equilíbrio emocional dele".

Só sei que Franca conseguiu tirar o equilíbrio de todo mundo.

Até da arbitragem.

O Renatinho foi muito feliz em afirmar que o Marcelinho Machado é igual vinho.

Cada ano melhor.

Ele afirmou que deveriam chamá-lo de 'Machado de La Gávea'

Pode ser...

mas acho que tem um cantinho da quadra que poderiam batisar de 'Casillero del Diablo'

Dali ele não erra de jeito nenhum.

Só sei que ele jogou mais de 80 minutos em 2 jogos dramáticos, fora de casa...

contra times de primeira linha.

Venceu os 2...

e anotou mais de 60 pontos.

O vinho pode ser maravilhoso... mas provoca uma tremenda ressaca nas torcidas adversárias.

Cipolini foi um gigante contra o Flamengo

Marquinhos é um dos jogadores mais decisivos do NBB

Pedro é um grande cestinha.
Pode jogar com desenvoltura com a camisa de Franca

Ronald Ramon não é armador nato,
mas conhece muito da posição

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Bauru e Flamengo abrem o NBB com um Basquete muito além da página 10

Agora é oficial!

O 'Ora, Bolas!' voltou...

O campeão voltou em grande estilo.

Uma das crônicas sobre as finais do Campeonato Carioca ultrapassou as 1.000 visualizações.

Assistimos o jogo de abertura do NBB entre Bauru e Flamengo... e não teve como não se emocionar.

Foi um jogo com aqueles ingredientes que mexem até com quem está passando, de bobeira, na frente do monitor.

Um jogo daqueles que meu ídolo Rossinho gosta.

Para quem não sabe... o 'Ora, Bolas!' não pretende passar qualquer tipo de informação. Nunca.

Muito menos, comentar sobre qualquer partida.

Existimos somente para analisar alguns poucos detalhes de cada jogo televisionado.

Falar sobre aquilo que ninguém comentou.

Gerar polêmica. Provocar reflexões. Fazer pensar.

Nosso público-alvo é formado por quem assistiu ao jogo.

Não temos nenhum problema com quem discorda do que escrevemos. Tem momentos que até nós não concordamos com o que defendemos.

O Basquete é assim mesmo. Milhares de micro detalhes. Infinitos sub temas.

Não existe certo e errado.

Mas uma coisa temos certeza. É esporte para gente forte. E não se limita as 10 páginas iniciais do manual.

A grande euforia do momento reside na entrada da Tv Bandeirantes... no lugar da Rede Tv.

Perdemos nosso super Marcel... mas ganhamos o príncipe Danilo.

Acompanhei de muito perto toda a trajetória do Danilo no Basquete... e posso afirmar que ele é daqueles que exercem, com muita competência, qualquer função que lhe for solicitado.

Ele é forte... e doce.

Mas vou confessar uma coisa. Assistimos com o controle remoto na mão.

Confesso que não gosto de geladão (transmissão feita num estúdio, longe do calor do jogo).

Aprendi muito com o Mestre José Trajano... quando convivi com ele nas transmissões, ao vivo, da Espn Brasil.

Locutor e comentarista têm que estar presentes no calor do jogo.

Só sei que a dupla Odinei e Renatinho, do Sportv, segue dando banho de emoção... e qualidade.

Por falar em qualidade...

O trabalho do Demétrius e do Neto... nesse jogo... foi acima da média.

Eles enfrentaram problemas que estão muito depois da página 10 do manual.

Confesso que não estou entendendo bem a montagem do plantel do Flamengo.

Aliás, confesso que não entendo os analistas... não analisarem o orçamento de cada clube antes do início de cada temporada.

O Flamengo optou por ter em seu plantel... Marquinhos, Marcelinho Machado, JP Batista, Olivinha, Ronald Ramon, Ricardo Fischer...

Super craques que desequilibram qualquer competição interna.

Só que decidiu investir em garotos que ainda não estão na hora de jogar essa competição... com essa responsabilidade.

Não tem nada a ver com idade. Tem a ver com personalidade.

Não é fácil para ninguém... jogar ao lado dos seus ídolos.

Me lembro muito bem de uma experiência... de ter jogado uma pelada, nos áureos tempos, no time do Hélio Rubens.

Eu só queria passar todas as bolas para ele. Simples assim.

Bauru acertou em contratar o Gui Deodato... e o Gegê.

É  a vez deles.

Por falar nisso... ninguém vai contratar o Dedé Stefanelli?

Esse menino tem potencial de super-craque. Penso que explode nessa temporada.

Por falar nisso... o Valtinho estava lesionado nas prorrogações?

O Gegê entrou e não saiu mais.

Aliás, o Baurú ficou com um potencial defensivo espetacular. Gegê, Alex e Gui marcam muito.

Mas não tem pivô. O Hettsheimer não é pivô.

Não se joga Basquete sem pivô... nem sem armador.

Pelo menos nas 10 primeiras páginas do manual.

Assisti uma arbitragem extremamente confusa.

Vi o Serpa se enrolar todo. Acho que o Demétrius tem motivo para reclamar até dizer chega. A falta que o Shilton recebeu após dominar um rebote decisivo foi determinante.

Mas absolvo o trio.

O pessoal que comanda tem que parar de inventar critérios mágicos. Regra é regra.

O Renatinho explicou, na transmissão, que falta tática, agora, é falta anti desportiva.

Como assim?

Falta tática é falta tática. Anti desportiva é anti desportiva. Eu acho.

Até o Renatinho se enrolou. Queria que aquela falta cometida para parar o cronômetro... fosse considerada anti desportiva. Afinal de contas, o meliante desprezou a bola.

O Flamengo soube dosar melhor as faltas pessoais... em relação aos jogos contra o Vasco.

Por falar nisso... é sério que o Vasco aceitou jogar o terceiro jogo contra o Flamengo somente em dezembro?

Deu tempo para os jogadores lesionados do Flamengo se recuperarem?

Muito estranho isso.

Bauru soube jogar sem pivô. E sem o Léo Meindl.

Foi mais difícil jogar sem o Léo Meindl do que sem pivô.

Todos sabem que somos fãs de carteirinha do filho do Paulão.

Nunca tínhamos visto uma atuação tão despersonalizada desse jovem craque.

Sei lá... deve ter havido alguma razão para isso.

Bauru soube enfrentar os jovens do Flamengo. Flutuação total.

Alex marcando meninos... e chegando forte na cobertura dos craques rubro-negros.

Aliás...

foi engraçado ouvir as instruções nos pedidos de tempo.

Só se referiam aos meninos do Flamengo... como meninos.

"Você marca aquele menino".

No Basquete é assim mesmo.

No começo, o jogador é "menino". Depois passa a ser um número: "Você marca o número 12 deles".

O terceiro estágio é passar a ser o 'e'.

O último a ser lembrado na escalação.

Não é fácil formar um craque.

Por falar nisso...

achei sensacional ouvir o Demétrius desabafar: "Depois não gostam de ser cobrados no treino", após uma sequência de passes errados.

Péra aí...

Tem jogador que não gosta de ser cobrado num treino?

Tem jogador 'moderno' que ainda não entendeu que a pressão de um treinamento... tem que ser maior do que a do jogo.

Por isso defendo que um técnico não pode ficar perdendo tempo desenhando jogadinhas nas pranchetinhas.

Ainda não fabricaram pranchetas que provoquem pressão nas canetinhas.

Sei lá... se acabar a tinta no meio de cada ataque... pode haver uma situação mais real.

Por falar em sensacional... muito bom ver o Demétrius orientar seu time... para que iniciasse o movimento de ataque... em cima dos meninos do Flamengo... ou em cima do Marcelinho.

Por falar em Marcelinho...

ainda bem que acabou aquela fase de achar que o Marcelinho não tem mais idade para ser titular.

Ele continua sendo titular em qualquer time do Brasil. Jogando 40 minutos... ou 50, se precisar.

Deveriam colocar uma placa nas zonas mortas das quadras: "Cantinho do Marcelinho"

Ele foi decisivo na vitória do Flamengo por 100 x 97, na segunda prorrogação.

E olha que o Flamengo jogou sem armador. Definitivamente, o Ronald Ramon não é armador.

Enfim, um jogaço.

Dois grandes times, com sérias limitações.

Dois técnicos promissores, resolvendo grandes problemas.

Dois canais de televisão, trazendo emoção para quiser se emocionar.

Uma grande crônica... tentando traduzir em poucas palavras... um jogo que mereceria, no mínimo, 11 páginas bem escritas.

JP Batista obteve 34 de eficiência.
Ele sou explorar bem a deficiênia de pivôs do time bauruense
Olivinha: 15 pontos e 16 rebotes.
Um craque essencial na história moderna do basquete do Flamengo
Gui Deodato: 21 pontos e 19 de eficiência.
Um grande retorno para uma equipe aonde a identificação é total.
Sua experiência em Rio Claro foi muito benéfica
Valtinho: muita categoria na armação de Bauru.
Sentimos sua ausência nas prorrogações

Hettsheimer: um craque diferenciado.
Muito prejudicado pela carência de pivôs em Bauru

Léo Meindl: Uma inexplicável atuação apagada e despersonalizada.
Tem potencial para ser o MVP desse NBB

Marcelinho Machado: Continua brilhando e sendo decisivo.
Um doa craques mais vencedores da nossa história

Ronald Ramon: Potencial semelhante ao do David Jackson (Vasco).
Está sendo obrigado a armar. Isso diminui seu ímpeto ofensivo

Shilton: Limitado, mas é um deus guerreiro.
Um erro da arbitragem comprometeu sua atuação

Alex Garcia: 30 pontos e 25 de eficiência.
É um exemplo de atitude e eficiência para todos nós.


Gegê: no melhor momento da sua carreira.
Sua atitude defensiva encanta o Demétrius.
Ainda necessita mais fome de pontuar









sábado, 29 de outubro de 2016

Eduardo, Ewaldo, Maurício, Guerrinha, Hélio Rubens, Christiano... e a volta do Basquete Mágico

Sei lá...

Os 2 'Ora, Bolas!' que escrevemos nessa semana já ultrapassaram a marca de 1.100 visualizações.

Isso mexe com o ego da gente.

A qualidade das pessoas que curtiram... e comentaram... é impressionante.

Acho que a chama está reacendendo.

Já escrevi que as finais do Campeonato Carioca de Basquete estão mexendo comigo.

Anda passando um filme na minha cabeça.

O Basquete do RJ dos anos 2.000 foi mágico.

Naquela época... tinha Maracanãzinho lotado... duas torcidas no ginásio... e tv ao vivo em todas as partidas.

Isso gerava recursos para financiar a base... e o basquete feminino.

Uma das coisas que mais me agradou nesses 2 jogos foi a arbitragem.

Não consigo me acostumar com a 'tal' modernidade.

Não consigo engulir uma teoria que diz para a arbitragem deixar de apitar faltas... para contribuir com a dinâmica do jogo.

Falta é falta... e sempre será.

Sempre que um jogador levar algum tipo de vantagem com uma atitude faltosa...

isso deve ser apitado.

Se o jogo ficar muito truncado... isso não é problema da arbitragem.

O basquete moderno tem orgasmos com os tocos sensacionais.

Não importa se houve falta... ou não.

Teve gente reclamando da 5a. falta do Marquinhos no segundo jogo.

Teve gente desprezando a mão na cintura... impedindo o atacante de saltar.

Mesmo no NBB... sempre fico com a impressão de que vai chegar o dia que um árbitro vai gritar 'TOCO'... ou 'MOOONSTRO'...

num lance desses.

O efeito colateral disso... é que estão acabando os grandes pivôs.

Um Caio Torres, ou um Murilo da vida... não sofrem mais falta.

A solução ofensiva passa a se resumir em chutes de fora.

Ninguém quer mais fazer bandeja.

O Basquete sempre foi uma eterna briga por posição.

Agora... deixou se ser.

O jogador que ficou atrás... pode chargear a vontade... desde que alcance a bola.

Mas com Eduardo Augusto, Ewaldo Ramos e Maurício Serour, não.

São árbitros que possuem muita história no Basquete.

Sabem que a falta falta... tem que ser apitada.

Isso me deixou muito feliz.

Assim como me alegra ver o Christiano trabalhar no Vasco.

Ele é do tempo em que os técnicos não usavam pranchetinha.

Os assistentes só entregavam uma prancheta como apoio.

O Hélio Rubens sempre trabalhou com apenas 1 padrão de jogo contra cada tipo de defesa.

Um padrão para cada formação que possuísse.

Jamais esquecerei uma experiência numa cerimônia de premiação na Federação Paulista de Basketball.

O Hélio Rubens tinha acabado de conduzir Franca ao título de campeão brasileiro e paulista.

Com um time renovado... aquele do Dexter Shouse.

Mestre Hélio me confidenciou que... na segunda temporada com o mesmo plantel...

iria começar a lançar mais jogadinhas táticas.

Quase caí para trás.

Perguntei como é que ele tinha vencido tudo... com apenas 1 padrão contra cada tipo de defesa.

Ele me respondeu... calmamente...

que no primeiro ano de trabalho... com um novo jogador...

o importante era ensinar ele a jogar.

Lapidar os detalhes do jogo...

e criar movimentações 2 a 2.

O Edvar era a mesma coisa. A Maria Helena, idem.

Mas nossos jovens grandes técnicos pensam diferente.

Pedem tempo apenas para selecionar a jogadinha do próximo ataque.

Como se a equipe não tivesse treinado exaustivamente cada jogada.

E como se armador não devesse selecionar... em função do posicionamento defensivo... e do quinteto que estiver na quadra.

O armador é quem tem que saber para quem vai jogar.

Enfim...

tenho escrito que acredito que grandes mudanças irão acontecer no ano que vem.

Acredito que o melhor técnico do Brasil não pode ficar 1 ano desempregado.

Acredito que os jovens técnicos merecem conviver com grandes mestres... para que possam crescer.

Acredito que nossos futuros craques mereçam ter treinadores que os ensinem os complexos fundamentos do jogo.

E acredito que os movimentos faltosos... sejam considerados como ilegais...

mesmo que isso torne o jogo truncado.

PS. A foto ilustrativa de hoje é em homenagem ao campeão Mogi... que apostou num grande técnico... para conseguir conquistar um título mais do que merecido.

Na foto, o registro do momento em que o craque Guerrinha ofertava o 'Ora, Bolas!' com uma camisa histórica da conquista do Pan de 1987, em Indianapolis.



sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Vasco domina a página 11... Guerrinha brilha em Mogi... e Globo Esporte salva o basquete carioca

Essa série final do Campeonato Carioca de Basquete está mexendo comigo.

Afinal de contas, administrei os melhores campeonatos da história do nosso estado.

Não pretendo voltar a escrever o 'Ora, Bolas!'.

Mas como técnico em basquete... e jornalista... posso falar o que penso.

O segredo do sucesso de um produto... está na sua distribuição.

Ao contrário das publicações anteriores... estou postando apenas nas minhas páginas.

Somente para meus amigos lerem.

Mesmo assim, o 'Ora, Bolas!' anterior obteve uma quantidade de visualizações muito expressiva.

Ontem, mais um Vasco x Flamengo.

Tivemos mais uma decisão sem público... e dessa vez, sem televisão.

A bagunça é total.

Não consegui entender bem a causa da ausência de público.

Ouvi na transmissão... que São Januário está sem laudo dos bombeiros.

Como assim?

Como o Eurico permitiu isso?

Li em algum lugar... que os ingressos estavam sendo devolvidos.

Como a federação permite isso?

Historicamente... o mando de quadra das partidas decisivas... é da federação.

O atual presidente da federação disse, antes do jogo... que os clubes deveriam se reunir, depois do jogo em São Januário... para decidir quando, e aonde, será o terceiro jogo.

Ele não conhece Flamengo x Vasco.

Péra ai!

Ele não é o síndico desse encontro?

Quer saber?

Deixa para lá.

Só sei que o Flamengo, com o elenco mais caro do Brasil, não está tendo vida fácil contra o Vasco.

O Flamengo, que tem uma diretoria boa para captar recursos...

optou por um plantel concentrado na qualidade de alguns craques.

O Vasco, com menos dinheiro... preferiu a quantidade;

Tenho um mantra... aqui no 'Ora, Bolas!', para tentar explicar o que define um grande técnico.

Existem problemas que qualquer bom técnico consegue resolver.

Existem situações que os jovens técnicos talentosos conseguem administrar.

Só que o esporte é repleto de situações inusitadas.

Essas situações constituem aquilo que denomino de 'além da página 10'.

Poucos técnicos sabem resolver situações depois da página 10.

O Flamengo perdeu do Vasco por 104 x 98.

A direção do rubro-negro alega que só tem 6 jogadores experientes.

Essa é uma questão que se encontra depois da página 10, com certeza.

O Vasco, que é dirigido pelo talentoso Christiano Pereira, que está acostumado a trabalhar com técnicos que tiravam de letra esse tipo de problema...

conviveu, ontem... com o pior dos problemas.

Seus principais jogadores (Nezinho e Murilo) tiveram atuações pífias.

Só que o Christiano soube resolver seus problemas.

Hélio e David Jackson arrebentaram.

e olha que o Vasco ainda não soube explorar... na totalidade... a presença de jovens rubro-negros despersonalizados na quadra.

Sim, despersonalizados.

Colocar em quadra não significa confiar em ninguém.

Eles estavam excessivamente nervosos... e sem função ofensiva.

Não é assim que se lança talentos.

Enquanto isso... em São Paulo... ou melhor, em Mogi...

mais uma grande festa do basquete brasileiro.

Os deuses do basquete primam pela fina ironia.

O Guerrinha, que é o melhor técnico em atividade no país...

e que esse 'Ora, Bolas!' sempre afirmou que tinha a 'cara' de Mogi...

era protagonista de mais uma grande conquista na sua carreira...

exatamente contra o clube que o dispensou... sem nenhuma causa aceitável.

Aliás... a um ano atrás... afirmamos que... se Mogi contratasse Guerrinha e Giovanonni... conquistava o NBB.

Agora só falta o Giovanonni.

Mogi, que andou tentando a sorte com um técnico jovem talentoso...

se rendeu as evidências... e preferiu trabalhar com quem sabe resolver qualquer tipo de problema.

Para fechar... não posso deixar de comentar sobre as transmissões via internet.

Em São Paulo, a federação optou por romper o contrato com a RedeTv... que desrespeitou o basquete.

O Enio (presidente da federação paulista) é do ramo.

Então... foi um enorme prazer assistir ao Frederico Batalha... que tem uma vida ligada ao basquete.

No Rio, a federação foi quem desrespeitou a televisão.

Mudar a grade de uma decisão de campeonato... não é para qualquer um.

A salvação foi assistir ao GloboEsporte.com

Muita ironia e humor fino na transmissão.

Até que foi divertido.

Mas continuo pensando que uma partida dessa envergadura...

merece uma qualidade televisiva muito melhor.

Hélio anotou 36 pontos e teve uma atuação de gala.
O técnico Christiano Pereira sabe que precisará dos craques Nezinho e Murilo para vencer a terceira partida


terça-feira, 25 de outubro de 2016

Basquete Carioca, com tv... sem público, num ginásio de treinamento... luta para voltar aos grandes dias

Estou escrevendo esse 'Ora, Bolas!' sem pensar no que estou fazendo.

A decisão de tirar o basquete da minha vida parecia irreversível.

Só sei que conseguimos sair do basquete... mas ele não sai de dentro de nós.

Quem me conhece... sabe que sou visceral.

Só sei viver numa intensidade alucinante.

E sempre considerei o Basquete como uma verdadeira religião.

Ontem, assisti no Sportv, o jogo entre Flamengo x Vasco, primeira decisão do Campeonato Carioca.

Aconteceram coisas que mexeram muito comigo.

Flamengo x Vasco na Gávea?

Isso é surreal.

Flamengo x Vasco com somente uma torcida?

Sem comentários.

Flamengo x Vasco, até com portões fechados, não pode ser disputado num ginásio de treinamento.

Ainda mais sendo uma decisão de campeonato.

Estou lendo na internet... que o pessoal do basquete paulista está indignado com o Sportv.

Eles não entendem a razão das finais do Paulista não terem transmissão do canal campeão.

Só sei que nos anos 2000... todos os principais jogos do Campeonato Carioca eram televisionados.

e o orçamento gerado com isso... subvencionava as categorias de base.

Por falar nos anos 2000...

estou escrevendo esse crônica recebendo a notícia do falecimento do Capitão Carlos Alberto Torres.

Vocês sabiam que ele é benemérito da Federação de Basquete do Rio?

Quando ele exerceu a Secretaria de Esportes do Rio... ajudou demais o nosso Basquete.

Infelizmente, nossa cultura não exercita muito a memória.

Sempre afirmei que a grande crise do basquete brasileiro é a falta de dirigentes.

Todas as outras crises são consequência dessa.

Ontem, vi o Fernando Lima sentado no banco do Vasco.

Não tenho dúvidas que o basquete carioca precisa de dirigentes desse naipe.

Um grande dirigente sabe que um grande trabalho começa na escolha de um grande técnico.

O Vasco acertou em cheio ao convidar o Christiano para dirigir esse projeto.

O Christiano simboliza o que deve ser um grande técnico.

Ele viveu, intimamente, o Basquete dos grandes técnicos.

Sabe que o Basquete é um esporte de dominação.

Aliás... gostaria de entender quando foi que um técnico de basquete se transformou num selecionador de jogadinhas.

Pedir tempo... significa desenhar na pranchetinha a jogada do próximo ataque?

Aliás... vendo as entrevistas antes e após o jogo... fiquei com a impressão que o orçamento do Vasco é superior ao do Flamengo.

Ouvi que o Flamengo tem  6 jogadores adultos... enquanto o Vasco tem 12.

Penso que não.

Penso que os 6 super craques do Flamengo somam um investimento muito superior do que o orçamento do Vasco.

Enfim... posso estar errado.

Só sei que gostei muito de ver o Basquete carioca reviver.

Ver Eduardo Augusto,com sua maravilhosa veia artística (há muito tempo que não via um árbitro dar uma falta técnica somente com o olhar), demonstrando que aqueles que defendem a arbitragem robotizada, não entendem de esporte.

Estou muito confiante na virada que o basquete brasileiro dará no próximo ano.

A próxima eleição da CBB está sinalizando para mudanças essenciais.

Acho que muitos estão começando a entender o que defendi nas eleições passadas... mas deixa isso para lá.

Mesmo de muito longe... sempre estarei torcendo para que o Basquete volte para o lugar de onde nunca deveria ter saído.






segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Prata que Vale Ouro

Saí do Serra Macaense... mas ele não saiu de mim.

Tenho um carinho absurdo pelos meninos que vestem aquela linda camisa.

Ontem, fui ao Moacyrzão... para assistir duas grandes equipes.

Agora posso falar.

O jogo não valia nada para nós.

Para o Serra Macaense conquistar o acesso direto...

era necessário derrotar o São Gonçalo... e torcer contra ele na última rodada.

Cá entre nós...

o São Gonçalo tem a melhor campanha entre todos os times do campeonato.

Eles têm um time ensaboado.

Um jogador diferenciado pesa muito no nosso futebol.

Aliás, nesse quesito, esse final de semana foi histórico no Estádio Cláudio Moacyr.

Apesar da ausência do zagueiro Brandão, no Serra (o considero muito acima da média)...

pude contemplar 2 craques especiais.

Sábado, o Marcelinho Paraíba (ele mesmo)... com 41 anos...

deu uma aula de competência e talento...

jogando pelo Ypiranga, de Erechim (RS).

Estreando na Série C do Brasileirão...

e contratado a peso de ouro...

tinha gente duvidando da sua capacidade antes do jogo.

Ele entrou aos 20 minutos do segundo tempo...

quando o jogo ainda estava 0 x 0...

e desequilibrou a partida.

Marcou o primeiro gol do seu time...

e construiu uma vitória por 2 x 0, fora de casa...

qualificando o time gaúcho como um dos favoritos para disputar a Série B do Brasileirão 2017.

Ontem, foi dia de Sabão.

Agora entendi o apelido.

Com a bola nos pés... é muito difícil marcá-lo.

Levou muito perigo ao gol macaense...

e foi protagonista na vitória do São Gonçalo por 1 x 0...

que garantiu lugar ao time gonçalense na Série B do Cariocão do ano que vem.

As Olimpíadas demonstraram que tem medalha de prata que vale ouro.

O Serra Macaense conquistou o segundo lugar do grupo (num grupo dificílimo, que tinha Barcelona e Mesquita)...

e vai decidir o acesso contra o terceiro colocado do outro grupo...

com a vantagem de decidir em casa...

podendo empatar duas vezes.

Penso que o Serra Macaense é a segunda melhor equipe do campeonato.

O Macaé Esporte tem que recuperar sua auto-estima.

A Portuguesa (SP) perdeu ontem...

e continuamos fora da zona de rebaixamento.

Vamos jogar em Guaratinguetá, sábado que vem...

e precisamos de uma vitória heroica.

O momento em Macaé é político.

Tenho convicção que o Macaé Esporte virá muito forte na próxima temporada.

A vida é um grande jogo.

Temos que saber jogar.

Grandes vitórias estão reservadas para quem tem mérito.

Tenho convicção que as derrotas desse final de semana se transformarão em grandes conquistas.

Vamos fazer de tudo para que o mérito esteja sempre do nosso lado.

Marcelinho Paraíba desequilibrou o jogo de sábado

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Desagravo à Administração do Moacyrzão. Simples Assim...

Há 9 anos que vivo em Macaé.

Defendi o nome da cidade no basquete masculino, e tenho consciência que colecionei alguns desafetos.

Defendi as cores do Macaé Esporte, no futebol, e penso que não ganhei desafeto nenhum.

Hoje, estou implementando o Projeto Serra Macaense, e venho recebendo apoio dos mais diversos segmentos da sociedade macaense.

Aprendi a amar Macaé e considerá-la como o local aonde quero morar. É onde tenho minha casa, meus filhos, meus amigos, meus cachorros, minha piscina...

Mas estou sempre aprendendo que Macaé é uma cidade exagerada.

Principalmente nos períodos eleitorais.

Ontem, no site oficial do Serra Macaense, manifestei que não concordo com o fato da torcida adversária ter um local privilegiado no Moacyrzão. Simples assim.

Penso que os funcionários do estádio devem cuidar do patrimônio público, mas, dentro dos padrões morais e éticos, acredito que eles devem se preocupar em transformar nosso estádio numa 'casa macaense'. Somente isso.

Percebi que magoei pessoas que não queria magoar.

Quero enaltecer o trabalho e a parceria que temos com a administração do Estádio Cláudio Moacyr.

Meu pouco tempo de convivência com o Bruno Ribeiro, administrador, já me possibilitou a visão de que ele cuida com muito carinho do nosso estádio. Sua parceria foi fundamental para que se viabilizasse os laudos de liberação do estádio, possibilitando que tanto Serra Macaense, como Macaé Esporte, pudessem jogar diante das suas torcidas na atual temporada.

Professor de educação física, e experiente no trabalho com crianças, Bruno é uma pessoa admirável. Jamais imaginei perdê-lo como parceiro.

Aproveito para enaltecer o trabalho do Secretário Thales Coutinho, jovem esportista, que vem fomentando inúmeros esportes tradicionalmente menos apoiados, proporcionando à Macaé, mesmo com orçamento limitado, a oportunidade de vivenciar esporte de qualidade.

Quero deixar bem claro que a grande motivação para escrever essas linhas (fazia tempo que o Ora, Bolas! estava adormecido) foi a exagerada repercussão causada pela reportagem veiculada nos jornais Diário e Debate.

Tenho uma longa história no esporte e sou muito orgulhoso de ser integrante da Calçada da Fama do Flamengo... e ser Emérito no Botafogo. Dirigi Seleção Brasileira por 4 anos e estou entre os profissionais mais vitoriosos do nosso esporte.

Mas nunca estive tão motivado como agora. Quero ver o Serra Macaense vencedor. Quero me doar para assistir a grandes vitórias macaenses na nossa casa. Simples assim.

Qualquer coisa diferente disso é um enorme exagero.






terça-feira, 5 de abril de 2016

Caxias defende, como tem que defender... sabe que Basquete é sinônimo de Play Offs... e a dupla Guidi - Renatinho brilha novamente

Já escrevemos nesse espaço... que o Caxias Basquete nos faz lembrar de Franca, nos bons tempos.

Uma torcida muito quente... independente da temperatura na Serra Gaúcha...

e um time que defende... como tem que defender.

Muito contato físico... e um sistema defensivo sem dobras, nem rotações mirabolantes.

Tipo... "você vai lá e acaba com aquele cara".

"É você contra ele!"

O Marcão é um símbolo desse trabalho.

O Brasília... que apostou num trabalho sem atletas estrangeiros...

e num técnico iniciante na carreira...

está pagando um preço caro... na hora em que não poderia pagar.

Um time que derrotou o campeão da Liga das Américas... na casa dele... duas vezes...

tinha que chegar voando nos play offs.

Aliás... por falar nisso...

essa garotada que pensa que ser técnico de basquete...

é ficar rabiscando jogadinhas... em lindas pranchetinhas...

ainda não foi informada...

que Basquete é sinônimo de play offs.

Toda a fase de classificação serve...

para ir avaliando,,, erros e acertos...

acrescentando elementos técnicos... físicos... e táticos...

para chegar no ponto máximo da curva de trabalho... nesse momento.

Até a definição do plantel ocorre nesse instante.

O melhor técnico de um NBB...

é aquele que consegue chegar nessa fase... voando.

Só sei que Caxias largou na frente na fase oitavas-de-final...

ao derrotar Brasília... por 101 x 78.

O placar final foi interessante.

Tem uma garotada que cria objetivos em cima dos números.

Caxias não jogou com volume centenário.

Os 100 pontos aconteceram porque Brasília utilizou a estratégia de cometer faltas... muito cedo...

na esperança de reverter o placar.

E o Caxias, inteligentemente... aceitou a troca de cestas.

Basquete é assim.

Seus deuses são muito loucos... e gostam de brincar com quem gosta de simplificar... suas análises.

Voltando ao Caxias...

é muito legal ver o Gustavinho jogar.

Ele enfrentou o armador mais genial do Brasil (Fúlvio)... e marcou muito bem.

O Betinho também está demonstrando ser um jogador decisivo.

O Henrique Guidi, narrador do Sportv... batizou o Alex de 'Azucrinador de Defesas'.

Por falar no Guidi...

como é gostoso ver uma transmissão... com a dobradinha Guidi - Renatinho.

Eles entendem de basquete... são ousados... e muito bem humorados.

Toda transmissão deveria ser assim.

Caxias dominou os rebotes (39 x 29).

Isso é fruto de uma defesa igualada... e determinada.

"Muito contato legal na defesa de Caxias... e isso irrita o adversário", narrou Gudi.

Ainda bem que não somos só nos... que vemos isso.

Nunca é demais repetir

que tem treineiro achando legal... exagerar nas dobras e rotações alucinadas...

sem reparar que isso causa desequilíbrio... naquilo que deve ser equilibrado.

"Eles estão num momento mais favorável", declarou o genial Fúlvio.

"Camisa e nome não ganham jogo", continuou.

Como assim?

Brasília jogou a Liga das Américas...

e tinha que chegar voando nesse momento.

Camisa e nome ajudam demais a vencer campeonatos.

Desde que a performance seja compatível com a fama adquirida.

A verdade é que o Fúlvio estava impaciente.

Brasília começou o NBB... sem pick'n rolls.

O Fúlvio foi formatando... ao longo da temporada.

Mas ontem...

com a pressão dos play offs... da torcida que lotou o Vascão...

e do Rafael Stábile... que comete faltas definitivas...

os pick'n rolls candangos, simplesmente, desapareceram.