quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Flamengo, CBB, Basquete Feminino e os Heróis da Resistência

Acabaram as eleições no Flamengo.

Como todos sabem, apoiei a verdadeira oposição no clube, representada pelo candidato Cacau Cotta.

Sempre soubemos que tínhamos poucas chances de vitória...

mas atingimos nosso objetivo.

O Cacau se apresentou como grande rubro-negro... e possuidor de ideias que fariam o Flamengo voltar a ser Flamengo.

O próprio presidente reeleito (Bandeira de Mello) reconheceu o valor da nossa campanha.

Fui surpreendido com o convite para ser o candidato da chapa para o cargo de vice-presidente de esportes olímpicos.

Obviamente, estruturei um plano de governo para o caso de vitória nas urnas.

Um dos principais pontos abordados era o posicionamento político do clube.

O Flamengo tem que ser referência na política esportiva nacional.

Estou falando isso porque acompanho tudo que acontece no nosso basquetebol.

Nas últimas eleições presidenciais...

assombrei muita gente ao falar que preferia o Grego ao Carlos Nunes.

Como sempre fui inimigo (esportivo e pessoal) do ex-presidente...

muita gente me criticou com veemência.

Tentei esclarecer que o Grego havia me procurado para pedir desculpas e reconhecer os enormes erros da sua gestão.

Passei por ingênuo.

Mas sempre achei isso irrelevante.

O que queria demonstrar era que o Carlos Nunes era muito pior.

Ele é educado, articulador e bastante simpático...

mas não gosta de basquete.

Sua gestão tem outros interesses.

Bati muito na tecla que o departamento técnico da CBB não tinha... técnicos.

Nem os técnicos de basquete me defenderam.

Hoje, vejo um cenário diferente.

Os clubes do feminino estão dando um show de atitude.

Uma pena não ter sido eleito...

senão o Flamengo iria se alinhar com eles.

Precisamos disso.

Heróis da resistência.

O Alcir Magalhães tem que voltar...

o Lúcio Castro tem que ser ouvido...

o Fábio Balassiano tem que ser respeitado...

e a CBB, com seus presidentes de federações...

tem que sair dessa enorme zona de conforto.


terça-feira, 8 de dezembro de 2015

5.574 sócios não legitimam a atual administração... Azuis saem da zona de conforto e exigem futebol vencedor

O Flamengo realizou ontem eleição para a escolha do seu presidente no triênio 2016 / 2018.

7.226 sócios estavam aptos a votar.

Eduardo Bandeira foi reeleito com 1.652 votos, ou seja, 5.574 sócios optaram por não legitimar a atual administração.

Conclusão... a Chapa Azul foi reconduzida ao cargo com aval de 22,8% do colégio eleitoral.

Em 2012 (eleição passada), o Flamengo tinha 5.990 sócios votantes.

Em 2015, foram 7.226.

Ontem, 2.753 foram ao clube votar. Em 2012, 2.675.

Acredito que a grande maioria dos sócios novos (1.236), cooptados pelo Só-Fla, tenham votado na situação.

Esses números são definitivos para interpretar o resultado da eleição.

Todos sabem que trabalhei, com muito empenho, para o candidato Cacau Cotta...

e acredito que saímos vitoriosos.

259 votos (10%, aproximadamente) é um número significativo para um jovem que teve 3 meses para mostrar quem era, comprovar a fragilidade dos 2 grupos milionários concorrentes, e pedir votos.

"O Cacau fez uma campanha limpa...

o Cacau provou ser um grande rubro-negro e com ótimas idéias...

nessa eu não vou votar no Cacau, mas na próxima pode contar com meu voto...

vou votar no Bandeira, mas não gostei da administração dele"

Essas foram as falas mais comuns no dia de ontem.

Uma coisa faço questão de frisar.

Na eleição passada, saí extremamente desgastado do clube.

Ontem, saímos com uma sensação de vitória.

Conversei demais com coordenadores azuis e verdes.

O tom foi sempre moderado.

Ouvi do Só-Fla que eles aprenderam muito.

Ouvi que eles aprenderam a respeitar o passado de glórias do clube.

Não custa acreditar.

Afinal de contas, eles mudaram a atitude.

O grito da vitória foi "Ô ô ô, queremos jogador!"

Isso já me demonstra uma significante mudança.

Nós é que não mudamos.

Oposição inteligente, rubro-negra.

Com emoção, mas sem tiro, porrada e bomba.

Tiramos os azuis da zona de conforto...

e torceremos para que eles se tornem menos azuis...

e mais vermelho e preto"

Chapa Azul comemorou a vitória na eleição pedindo jogador