quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Seita Religiosa

Eu sempre vi o Basquete como uma Religião

E sempre me vi como um crente fanático religioso

Provocativo!

A minha maior alegria é quando consigo mexer com a cabeça das pessoas.

Quando consigo tirá-las do estado de inanição.

O Basquete Brasileiro está em movimento!

O Flamengo está caminhando para o Maracanãzinho...

Os novinhos estão parando de dar falta técnica porque viram um vídeo da FIBA...

Isso é ótimo!

No nosso templo, sempre terá que ter uma imagem do Alcir Magalhães

É ele quem consegue promover o pensamento coletivo dos basqueteiros

Não importa qual seja...

O facebook também merece uma homenagem

Não posso descrever o que sinto quando vejo as personalidades que 'curtem' as minhas postagens

É isso mesmo...

No facebook tem um botão chamado 'curtir'

Basta um toque e você demonstra, publicamente, que curtiu o que o autor postou.

Vocês sabem quem anda curtindo o que ando postando?

Maria Helena Cardoso, Antonio Carlos Vendramini, Vania Hernandez, Carlinhos e André Brazolin, Danilo, Cadum e Ana Regina, Christiano Medeiros (técnico do Vasco), Decio Cecílio Jr (meu eterno diretor do Pinheiros), João Padola, Rafael Fusco, Pisérgio (ex-craque do Monte Líbano), Karina Rodriguez, Roberto José Fernandes (Federação Baiana), Eduardo Augusto (árbitro internacional), Rafael Serour (árbitro internacional), Fátima Aparecida (árbitra internacional), Vander Lobosco (árbitro internacional), Miguel Palmier,  Márcio Andrade (técnico do Fluminense), Enaldo (árbitro internacional e meu atleta de mini-basquete), Paulo Carneiro (Tijuca TC), João Batista (técnico do Flamengo), Luiz Remunhão (São Carlos),  Ricardo José Caetano (Flamengo), Rodrigo Kanbach (Clube Central), Luis Carlos Gianini (técnico de São Caetano), Felipe Alexandre (meu cumpadre), Gustavo Cavalcante (Uberlândia), Alexandre Cunha (Belo Horizonte), Diego Jeleilate (Paulistano), Karla Profice (filha do melhor diretor da história do basquete do Flamengo), Valério Prudêncio, Liobio Seraphim Filho, André Luiz (Nutrivida), Fernando e Bruna Penna (Franca), Ricardo Destord (Universidade Santa Úrsula), Maria Thereza (mesária e atleta), Carlos Lima (Mogi das Cruzes), Domingos Borges (meu ex-atleta), Cristiano Grama (Uberlândia), Fabrício Moraes, Leonardo Silva (Mackenzie), Vanderlei Lauro, Jofre Menezes (USP), Neto (Roraima), Armando Felipe (ESEFEGO), Eduardo Abreu (Franca), Marcelinho Ribeiro (Universidade Paulista), Ricardo Moura (meu diretor no EC Pinheiros), Regina Santana (UERJ), Ana Lucia (mesária), Márcio Magalhães (flamenguista e basqueteiro); Edson Martins (Grêmio Samburá - 2o Distrito Cabo Frio), Petrônio (Embaixador do Flamengo), Cacau Cotta (ex-vice presidente do Flamengo), Getúlio Brasil (Conselheiro e Grande Benemérito do Flamengo), Silvia Amorim de Carvalho (técnica de Varginha), Rosângela Ganem (UERJ), Luis Henrique Mattos (preparador físico do Macaé Esporte FC), Frederico Bahruth (ex-atleta), Henry Carvalho (Universo), Gledman Lima (atleta), Claudio Mello Tavares (UFF), Wilson Quintella (atleta), Antonio Berto (Piracicaba), Odontosport Flamengo, Angela Ferreira, Fabio Kover (árbitro), Hamilton Rodrigues (narrador da Fox Sports), Darryl Prue, Carlos Alex Soares (gaúcho e basqueteiro), Daniel Melo e Ricardo Purcino (craques profissionais de futebol), Luciano Quintella (atleta), Kelson (Roraima), Marisa Barreira, Neno Volpin, Gy Somavilla (Chapecó), André Zimmer, Irinea Souza (Celso Lisboa), Nelson Salema, Vitor Imbuzeiro (há muitos anos trabalhando basquete no Japão), Mylena Degobi, Patricia Brunharo, Guilherme Bulcão e muitos outros que agradecerei nas próximas crônicas.

Estamos caminhando!

É fundamental que as pessoas se manifestem

Cliquem, curtam, comentem...

Façam parte do Clipping do Basquete...

Enviem e-mails.

Não se escondam. Emitam suas opiniões.

Eu vou continuar cutucando vocês...

Ontem, à noite, tive o prazer de receber uma ligação do nosso comentarista Byra Bello.

Ele me ligou para me esclarecer duas coisas.

Na minha crônica 'Michael Jordan em Suzano', escrevi que o jogo Flamengo x Uberlândia não havia sido televisionado e que eu tinha convicção de que todos os jogos no Rio de Janeiro teriam que ser transmitidos pelo Sportv por causa da torcida do Flamengo, que é um show à parte.

É óbvio que me equivoquei. Eu quis dizer Flamengo x Pinheiros.

Irrelevante. O Flamengo enfrentou o Uberlândia em Uberlândia e o Sportv transmitiu. Eu não poderia estar me referindo à esse jogo. Aproveito para agradecer ao Sportv por me proporcionar uma noite mágica de segunda-feira, ou será que foi terça-feira? Irrelevante.

Para não perder a oportunidade e para não perder a oportunidade de ganhar o diploma de 'o chato do ano', gostaria de pedir ao Sportv para não economizar essas duas passagens de avião e enviar nossa equipe de transmissão aos locais dos jogos.

Qualquer transmissão esportiva perde muito em qualidade quando é realizada no estúdio aqui no Rio de Janeiro.

Não consigo imaginar um jogo de voleibol sendo transmitido com o meu amigo Marcos Freitas comentando de frente ao aparelho de televisão.

Como venho combatendo o famoso 'complexo de vira-lata' que está dominando o basquete brasileiro, solicito, gentilmente, que o Sportv reveja essa pequena economia e envie nossa equipe de trabalho para que possa enriquecer de conteúdos suas informações.

Isso sim, é parceria com grandes espetáculos competitivos de basquete.

Microfones na lapela, não.

Ps.  Aos maldosos, gostaria de esclarecer que nada disso foi conversado com o Byra Bello no telefonema de ontem. Muito pelo contrário. É que qualquer conversa atiça minha imaginação, que é muito fértil.

O Byra, que é uma pessoa muito ética e educada, ainda se preocupou em esclarecer que não tem acesso aos contratos televisivos, se limitando a receber as escalas de atuação e cumpri-las.




quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Michael Jordan em Suzano

O Diário Lance! de hoje alegrou o meu dia.

A manchete principal de uma página inteira dedicada ao basquete brasileiro era a seguinte:

'Nova casa para o Fla'

Eu não poderia esperar outra atitude do Marcelo Vido

A diretoria do Flamengo está agindo para o basquete do clube passar a jogar num ginásio com capacidade superior a 13.000 pessoas.

Mas meu assunto de hoje não é esse.

Nessa mesma página, existe um outro título:

"LNB quer clássico na Rede Globo"

A Liga Nacional de Basquete está trabalhando para que o jogo entre Flamengo x Brasília, agendado para 21 de fevereiro, seja transmitido na tv aberta. Sensacional.

Estou enfatizando isso porque não consigo entender o fato dos jogos do Flamengo, no Rio de Janeiro, não estarem sendo transmitidos pelo Sportv.

Já fui o agente de ligação de transmissões televisivas quando a ESPN-Brasil transmitia os Campeonatos Estaduais do Rio de Janeiro e consigo entender os aspectos comerciais das transmissões.

Antes do início da temporada, é montada uma grade de transmissões aonde foi contemplado o contrato original e cada equipe teve dois jogos programados com transmissões ao vivo.

Fácil de entender.

No decorrer da competição, os factóides começam a acontecer.

Alguém da LNB tem que estar conectado com os responsáveis pela grade televisiva.

A verdade é que o time do Flamengo 'pegou'.

A verdade é que a torcida do Flamengo virou um espetáculo a parte.

A verdade é que a partida entre Flamengo x Uberlândia tinha que ter sido transmitida. Era obrigatório.

Perguntei para o Byra Bello o porque do jogo não ter sido transmitido e ele me disse que não estava no contrato.

Perguntei, então, se o Suzano contratasse o Michael Jordan, se continuaria só tendo duas partidas transmitidas em todo o NBB.

Não sei não, se o Suzano contratar o Michael  Jordan, eu gostaria de assistir a todos os seus jogos...


terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Mártires

Eu tenho uma relação toda especial com a morte.

Acredito que tenhamos que ter uma vida muito digna para merecermos ter uma passagem que possua significado.

Nada me marcou mais do que a morte do Ayrton Senna.

O mundo chorou.

Eu morava em São Paulo e testemunhei o dia mais calmo da história daquela cidade. Até os marginais estavam paralisados durante o funeral.

O que uma pessoa pode ambicionar mais?

O que alguém pode querer mais do que a sua morte significar algo para alguém?

Infelizmente, a humanidade precisa dos mártires.

Sempre foi assim...

Desde Jesus Cristo...

Ainda estamos vivendo a tragédia da boite Kiss, em Santa Maria.

Mas todos têm a convicção de que o sistema de incêndio de todos os prédios do Brasil estão sendo revistos. Todos os alvarás do Brasil estão sendo atualizados...

Assim como os carros da Fórmula 1 foram completamente reformulados para que mais nenhum piloto morresse no exercício da sua profissão.

Mestre Ary Vidal se foi e está absolutamente fantástico e emocionante a quantidade de homenagens prestadas em todos os meios de comunicação que estou tendo acesso.

As histórias do Ary dão para ficarmos dias aqui nos divertindo e aprendendo.

Mas não posso deixar de lamentar que precisou ele morrer para que tudo isso acontecesse.

Mas não parem...

Eu mesmo vou compartilhar, com enorme prazer, toda aquela sabedoria...

Jamais vou esquecer o dia em que chegamos em Santa Cruz do Sul para uns jogos amistosos

Eu era assistente do Edvar Simões, técnico do Monte Líbano (SP).

O Ary Vidal nos convidou para um churrasco na casa dele.

Ele havia sido campeão brasileiro pela equipe gaúcha e era ídolo máximo na cidade.

Tinha até mascote, imitando o Ary, andando pela cidade.

Quando lá chegamos, o Edvar Simões, que é um dos maiores gênios da história do basquete brasileiro,
impressionado com tudo, virou para o Ary e exclamou:

"Ary, você está garantindo o leitinho das crianças"

O Ary, que chamava o Edvar de Jacú, apelido da época de atleta de Seleção Brasileira, nem pestanejou:

"Jacú, o leitinho das crianças eu já garanti há muito tempo, agora estou garantindo o whiskie dos adultos"

Será que vamos ter que esperar o Edvar Simões morrer para reverenciá-lo como expressão máxima do basquete brasileiro?

E a Maria Helena? e o Vendramini? e o Mical? e o Wlamir? e o Marcel? e tantos outros?

Será que estou querendo demais em pleitear um Conselho de Notáveis, com grandes cabeças, cuidando do nosso basquete?

Será que estou querendo demais em pleitear um Conselho de Memória, com pessoas comprometidas com a memória do basquete brasileiro?

Edvar Simões






Minha Menina!

Confesso que ando envaidecido com a quantidade de réplicas e tréplicas no Clipping do Basquete em cima dos títulos que ando propondo.

Entretanto, às vezes, o tema inicial, acaba se desvirtuando um pouco...

Nem sempre.

Ás vezes, sou eu mesmo.

Sou muito emocional. Sou paixão pura.

Meto a mão no vespeiro como se estivesse colocando ela em água morna...

Dessa vez, chamei os novinhos da arbitragem do atual NBB de amebas.

Que isso?

Aonde está o respeito?

Mas como respeitá-los, se eles não respeitam a história de ninguém?

Depois, eu mudei de idéia. Acho que me acalmei. Acho que foram o Dante e o Renatinho.
Eles têm esse poder sobre mim.

Pedi desculpas e disse que não era certo chamá-los de amebas.

Amebas são os orientadores que estimulam eles a querer administrar a parte disciplinar do jogo sem nenhum bom senso. Seguindo cartilhas e vídeos da FIBA.

Padronizar a parte disciplinar?

Nem dentro da casa de ninguém.

Falei em genocídio...

Morro de saudades de ver o Renatinho apitando.

Por que o Piovesan não apita mais? Gosto não se discute, mas quando eu trabalhava, era o árbitro que eu mais gostava. Eu ficava tranquilo quando ele estava na escala.

Aonde está o Pelissari?

Será que nesses 6 anos que fiquei de fora eles ficaram gagás? Engordaram? Estão senis? Esqueceram a regra? Não conseguem mais correr?

Porque, mesmo assim, com 3 árbitros, eles são melhores do que esses novinhos todos juntos e poderiam estar ajudando muito no amadurecimento deles.

Não sei não.

Quando eu saí do basquete, havia uma praga nas arquibancadas, com uma câmara na mão, que era um árbitro frustado, que sonhava em robotizar um monte de novinhos e causar esse genocídio que estou suspeitando que acabou acontecendo...

Posso estar delirando...

Numa crônica passada, falei do prazer que me dá ver o Fernando Serpa apitar.

Ele é um grande árbitro.

Ontem, quando vi a escala do jogo Uberlândia x Flamengo, me emocionei

Maranho, Vander e Claudinha

O Carlinhos Brasolin me postou questionando "como é que pode falar de uma arbitragem que fêz mais uma final olímpica?"

Carlinhos, o Serpa e o Maranho são craques. Tem outros craques. Eu falei dos novinhos...

Deu gosto ver o relacionamento do Maranho com todos os personagens do jogo.

E olha que teve lances dificílimos.

Teve um que foi um dos mais difíceis de toda o NBB 2012/2013. A bola repicou no jogador do Uberlândia, que estava com um pé fora da quadra, e bateu na cabeça do Olivinha, do Flamengo, antes de sair. Em cima do Vander, que não teve condições de ver.
Era muito fácil dar o lateral para o time da casa (Uberlândia).
Até a televisão tinha mostrado que a bola havia batido no Olivinha antes de sair.
Ninguém iria reclamar.
O Vander começou o show (modéstia a parte, ele tem escola). Foi humilde e procurou o Maranho (o Maranho não deveria atropelar seu colega. Ele aguardou o chamado do Vander, que assumiu que o lance foi muito rápido e a bola escorreu para cima dele, tirando sua condição de julgamento).
O Maranho saiu da sua zona, interviu, e sinalizando com muita clareza, demonstrou para todo o ginásio que a bola havia batido na cabeça do Olivinha, sim. Mas antes, o jogador do Uberlândia que a tocou, estava com um pé fora da quadra.
Coisa de craque.

A Claudinha é novinha. Linda!

Linda?

Isso é coisa que se diga de um árbitro?

É que ela foi minha atleta aqui no Rio e sempre foi determinada e competente.
Apitando ontem, deu mais um show.
O Helinho quis pressioná-la e ela conversou com ele tranquilamente.
Nem pensou em dar falta técnica.
A novinha Claudinha acalmando o Helinho?

Minha menina!

Cristiano Maranho

Maria Cláudia

Vander Jr

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Basquete Brasileiro perde um Gênio

Morreu Ary Vidal...

O Basquete brasileiro não está podendo.

Com a carência de pensadores no atual basquete brasileiro, é imenso o tamanho do rombo causado pela morte do gênio Ary Vidal.

Um Super-Técnico, com certeza...

Ele, simplesmente, inverteu o contra-ataque.

E, logo para cima dos Estados Unidos, dentro dos  Estados Unidos.

Só isso...

Os pivôs chegavam na frente e os alas vinham atrás...

Para chutar de 3 pontos...

Oscar e Marcel.

Mas ele foi muito mais do que isso...

Ouso dizer que ele poderia simbolizar o basquete.

Forte, alegre, responsável, equilibrado, personalidade forte, contestador, polêmico...

O basquete brasileiro sempre teve dificuldade de conviver com isso.

Ary Vidal: Super-Técnico



domingo, 27 de janeiro de 2013

Fogo Amigo

Como é difícil!

Tenho escrito, por diversas vezes, que estou preparado para o fogo amigo.

Eu fui o primeiro a escrever que a Gestão Grego estava destruindo o basquete brasileiro.

Ela estava alijando a inteligência e a cultura do nosso esporte.

Ela tinha afastado praticamente todos os basqueteiros da militância do nosso esporte.

Me tornei o inimigo público número 1.

Fui decapitado em praça pública.

Mas consegui fragilizar e expor muitos dos defeitos da gestão passada.

O tempo passou...

O principal assessor do Grego, o Carlos Nunes, se aproveitou da situação e se lançou candidato.

Ele era o assessor político do Grego.

Ele mantinha contato diário com todas as federações.

O Grego se descuidou.

O Carlinhos conseguiu se eleger.

Em outras confederações, isso é impensável.

Eu jamais falei mal dele.

Mas não é o presidente que a CBB merece.

Ele não é basqueteiro.

E utiliza de alguns métodos da gestão anterior.

A CBB continua a ser um feudo.

Mas tem coisas que melhoraram.

Eu estou defendendo a volta do Grego porque acredito que a essência não melhorou.

E acredito que o Grego percebeu isso.

Tanto que está retornando com uma equipe de trabalho totalmente modernizada.

Prestem bem atenção: Eu não faço parte dela!

Já deixei isso bem claro!

Mesmo porque, se conheço o Grego, acredito que ele me perdoou por tudo que já escrevi sobre ele.

Mas não acredito que ele queira trabalhar, diariamente, comigo.

Aí eu já acho demais!

Venho apanhando que nem cachorro vira-lata dos meus amigos basqueteiros.

Um ex-amigo que me chamou de pastor e depois me chamou de pecador e mentiroso, me escreveu no facebook que ainda me respeita muito. Fiquei muito feliz, porque jamais vou deixar de respeitá-lo e admirá-lo.

Ontem, foi pior.

O mais importante jornalista do basquete brasileiro moderno, que eu sempre tive o orgulho de ter como amigo e nutrir um enorme carinho, postou no facebook que eu estou vendendo minha mãe para entrar no processo.

Será que é porque ele é assessor de imprensa da CBB atualmente?
Não é possível. Ninguém ficou mais feliz com essa notícia do que eu.

O pior é que se eu vender a minha mãe, quem vai comprar é o Eike Batista, porque ela anda assistindo voleibol...

Brincadeiras a parte...

Coloquem uma coisa na cabeça de vocês, galera do Grego e do Carlos Nunes.

Eu não estou em campanha, mas estou quase entrando...

Mas se alguém achar que eu vou falar qualquer coisa contra meus ídolos, estão completamente enganados.
Tenho criticado algumas contratações da administração Carlos Nunes, mas se alguém achar que vou escrever uma palavra sequer contra a Rainha Hortência, ou contra o Vanderlei, vai morrer esperando. Não critico basqueteiros. Muito menos ídolos.

O jornalista Fernando Santos, do diário Lance!, publicou uma coluna sob o título 'O basquete brasileiro vai voltar a falar grego?'

Tive vontade de replicar.

Ele não sabe da missa a metade.

Querer desassociar o Carlos Nunes da Gestão Grego é de uma covardia absurda. E olha que não estou em campanha.

Era eu que denunciava tudo. E nunca recebi nenhum processo.

O Carlos Nunes era Assessor Especial da Presidência.

Por muito tempo se criou a lenda de que o Grego era centralizador e o Carlos Nunes não sabia de nada.

Parem da falar que estou querendo vender a minha mãe

No colégio, meus amiguinhos quando brigavam falavam:

"Não botem a minha mãe no meio..."

Juarez Araujo é o mais importante jornalista da
 história do basquete brasileiro moderno

sábado, 26 de janeiro de 2013

O Craque e as Amebas

JUIZ: Uma das palavras mais nobres da nossa língua

Ele tem a função de julgar seus semelhantes.

Necessariamente tem que ser alguém especial, diferenciado e muito bem preparado.

ÁRBITRO: Alguém que arbitra, que julga, que toma decisões.

No basquetebol, que é uma modalidade esportiva muito especial e dinâmica, disputada por atletas muito fortes, tanto física, como psicologicamente, a tarefa se torna mais especial ainda.

Estive afastado por 6 longos anos e estou com a nítida impressão de que houve um genocídio.

Aonde estão os grandes árbitros?

Assisti ao jogão entre Flamengo x Pinheiros e me deliciei com a atuação de um deles.

O Fernando Serpa é um grande árbitro.

Deu gosto ver ele apitando. E olha que ele foi obrigado a dar duas faltas técnicas. Uma em cada técnico. O Cláudio Mortari e o Neto estavam tentando marcar território em frente a mesa de controle e o Serpa ministrou duas faltas técnicas preventivas, demonstrando, com muita serenidade, sem microfones na lapela, que quem mandava ali era ele. Perfeito!

Por outro lado...

Um atleta do Pinheiros foi puxar um contra-ataque no momento de reação e bola escapou do seu controle. No calor do jogo, ele achou que a bola havia sido interceptado por alguém do Flamengo. O árbitro novinho apitou, corretamente, lateral para o Flamengo.
O atleta do Pinheiros contestou a marcação.
O árbitro novinho ficou encarando o atleta do Pinheiros.
O atleta do Pinheiros continuou contestando. Lógico...
Vai novinho!
Falta Técnica!

Cobrados os lance-livres, lateral para o Flamengo.
No rebote, falta a favor do Flamengo.
O mesmo jogador que havia tomado a falta técnica pegou o rebote.
Quando ele viu que havia nova falta a favor do Flamengo, ele deu um tapa na bola.
O que é um tapa na bola?
Vai novinho!
Nova Falta Técnica no mesmo jogador porque ele deu um tapa na bola que estava na mão dele!

O Serpa interviu.
A arbitragem se reuniu e o novinho retirou a falta técnica!
Vai novinho!

Na crônica passada, eu chamei os novinhos de amebas...

Eu me penitencio
Eles não são amebas

Amebas são as pessoas que estão orientando eles a ministrar faltas técnicas
Deixem a parte disciplinar para os árbitros experientes.

Fernando Serpa demonstrou ser um grande árbitro de basquete
 no jogo Flamengo x Pinheiros



Complexo de Vira-Lata

Eu tenho a noção exata da minha intenção em lançar esse blog.

Ao voltar a militar no basquete brasileiro, a minha obrigação é mexer com a cabeça dos basqueteiros que anda meio sem graça...

Jamais me considerei dono da verdade.

Quando consigo gerar polêmica, já entro em euforia...

Me peçam qualquer coisa, menos que que adquira o famoso 'Complexo de Vira-Lata'.

Eu sei que o Novo Basquete Brasil conquistou inúmeros progressos para a nossa modalidade.

Eu reconheço e bato palmas.

Mas vamos...

Vamos...

Minha mãe...

Lembram da minha mãe de 82 anos que nunca assistiu esportes?

Pois é!

Passei agora em frente ao quarto dela e a encontrei, nervosa, torcendo, sem saber para quem, à uma partida de vôlei na TV Globo.

Ela gritava, esperneava e torcia freneticamente.

O Luis Carlos Jr, principal narrador da TV Globo é craque.

Perguntei, displicentemente: "Quem está jogando?"

Ela me olhou de uma forma esquisita e respondeu sem dar importância: "Não sei".

 E continuo a torcer para as duas equipes.

Estou me preparando para sair de casa para assistir ao 'Melhor Espetáculo da Terra', que é um jogo de basquete com a torcida do Flamengo e acordo para o fato que a partida será no Tijuca TC, sem televisionamento. Nem sequer uma tv a cabo. Nem o meu amigo Byra Bello poderá estar comentando esse espetáculo que será Flamengo x Pinheiros.

Metade da Seleção Brasileira no Tijuca TC e somente 3.000 pessoas privilegiadas poderão testemunhar.

Acredito que mais de R$ 8 milhões de reais estejam se apresentando na quadra do Tijuca TC, considerando que Flamengo, Pinheiros, Paulistano e Tijuca TC estarão jogando, hoje, naquele ginásio, e somente 3.000 pessoas poderão testemunhar.

Enquanto isso, o time do Eike Batista enfrenta o Sesi no Maracanãzinho com a TV Globo transmitindo ao vivo.

Eu sei o nome das equipes que jogaram voleibol hoje.

E a minha mãe e o Eike Batista sabem o que assistem.


A Careta

Quando retornei ao basquete brasileiro, meu primeiro texto foi sobre a complexidade do esporte.

Não é fácil escrever sobre basquete. Principalmente no Brasil, aonde os grandes pensadores estão afastados há muitos anos.

Não existe a menor possibilidade de se esgotar qualquer sub-tema em uma ou duas crônicas.

Ontem, eu meti a mão num vespeiro.

Aproveitei a exclusão do técnico do Flamengo, José Neto (que reconheço que está caminhando para se tornar um Super-Técnico), e uma discussão admirável com o técnico em basquetebol (e atual comentarista de Sportv), Byra Bello, para tecer uma ácida crítica a atual arbitragem do Novo Basquete Brasil.

Meu amigo Carlinhos Brazolin (uma das pessoas que mais amo no mundo, fruto de uma das famílias que mais amo no mundo), me questionou no facebook (como é bom existir o facebook e poder ser questionado de forma saudável):

"Como pode uma arbitragem que fez mais uma final olímpica ser questionada?"

Então, vamos lá!

Um grande árbitro, de qualquer esporte, sempre entrará em campo pré-disposto a não punir ninguém.

Ele é um guardão do espetáculo!

Ele sabe que o público pagou ingresso para assistir as atuações dos grandes artistas.

Faltas técnicas, cartões amarelos e outros artifícios foram criados somente para punir excessos e serem utilizados com muito critério.

Confesso que essa palavra 'critério' me causa arrepios.

Um grande árbitro sabe que o jogo é quente.

Ele tem que usar sua sabedoria para tentar manter uma partida numa temperatura amena o máximo de tempo possível.

Jamais pode ser ele o agente que vai elevar a temperatura de uma partida.

Determinadas punições provocam reações agressivas nos agentes de um espetáculo.

Eu sempre utilizei o Eduardo Augusto, árbitro internacional do Rio de Janeiro, como símbolo disso tudo que estou tentado demonstrar.

Ele sempre teve uma capacidade inacreditável de fazer caretas.

Careta de raiva; careta de piedade, careta de por favor; careta de vou dar uma falta técnica; careta de vou te botar para fora...

E levava todo mundo. E todo mundo gosta dele. E apitou todas as finais possíveis e imaginárias. Melhor de 7 com Oscar Schmidt jogando. E ele apitava os sete jogos seguidos... Fabuloso!!!





sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A Arbitragem do Basquete Brasileiro está com todos os sinais de alerta ligados

Eu comandei a arbitragem do basquete do Estado do Rio de Janeiro por muitos anos e convivi com os melhores árbitros brasileiros no auge das suas carreiras.

Comandar os grandes clássicos do nosso esporte, com a presença dos nossos ídolos, com ginásios lotados, enfrentando torcidas fanáticas era tarefa para grandes artistas do apito.

E o Brasil sempre foi campeão em formar grandes árbitros.

Administrar Oscar Schmidt, Hortência, Magic Paula, Marcel, Carioquinha, Luis Felipe, e tantos outros grandes ídolos do nosso basquete, não era tarefa fácil.

Administrar Mical, Edvar Simões, Cláudio Mortari, Maria Helena, Hélio Rubens, e tantos outros grandes técnicos que tentavam dominar a arbitragem, não era tarefa fácil.

Administrar a torcida de Franca, a de Rio Claro, a de Jales, a do Flamengo, e tantas outras que tentavam pressionar a arbitragem, não era tarefa fácil.

Mas a história do basquete brasileiro é limpa.

Os campeonatos sempre foram ganhos pelas melhores equipes, pelos melhores técnicos e pelos melhores jogadores.

Isso porque sempre tivemos os melhores árbitros.

Tenho visto, no atual NBB, uma arbitragem covarde.

Árbitros despersonalizados.

Árbitros que não fazem parte do mundo social do basquete. Eles foram robotizados.

Eu diria que foram transformados em amebas.

Minha tolerância com eles estava chegando a zero.

Ontem, com a exclusão do Neto (técnico do Flamengo), tudo mudou.

Externei minha revolta para o Byra Bello.

Tenho um respeito enorme pelo Byra. Ele faz parte do meu basquete encantado.

Ele foi armador do Vasco que jogava no Maracanãzinho que me encantava.

Ele foi técnico de basquete dos bons.

Ele tem que tomar cuidado para nunca renegar suas raízes. Mas eu sei que isso nunca vai acontecer.

Hoje, o Byra cumpre um papel preponderante de grande pedagogo do basquete brasileiro no Sportv.

Quando eu critiquei, com veemência, a arbitragem brasileira, ele reagiu.

A discussão foi ótima.

A muito tempo que eu não via uma discussão dessas no basquete.

Deveria ter sido transmitida pelo Sportv.

As pessoas do basquete têm que saber que é possível e saudável divergir e discutir sem se aborrecer e se tornar inimigo.

A discussão é saudável.

Chamamos o Neto e comprovamos que o treinador do Flamengo foi desqualificado porque quis perguntar algo para um árbitro que estava do outro lado da quadra. Como o jogo estava parado (havia sido pedido um tempo pelo técnico do Paulistano), ele deu dois passos para dentro da quadra. O árbitro principal ministrou a segunda falta técnica.

O Byra Bello defendeu a tese de que a FIBA orienta que os árbitros ajam assim.

As orientações da FIBA são para Mundiais e Jogos Olímpicos.

São para árbitros de alto nível e com alto grau de discernimento.

Não são para árbitros iniciantes que não sabem nem o currículo de quem está ali jogando

Como eles não mantêm comunicação com o meio do basquetebol, a impressão que passam é que ficam nos seus nextels tendo verdadeiros orgasmos:

 "bip... executei o Neto... bip...botei para fora o Demétrius...bip"

E o Byra Bello ainda defende o microfone na lapela deles...

Até o Pachecão deu entrevista no microfone durante o jogo:

"bip...comigo ninguém tira onda...bip...para fora, Nezinho...bip"

Mas se o orientador brasileiro está cobrando essa postura, eu tenho que aliviar...

Mas jamais poderei concordar com isso.

Quem é que está orientando isso?
Não é possível que seja um árbitro!
Qualquer árbitro de nível, numa situação dessas, se não quisesse que o Neto entrasse na quadra e visse que o Neto não estava reclamando de nada, teria pego no braço dele e resolvido o problema.

Diga-se de passagem, teve um momento que o Jacob chamou os 5 atletas do Paulistano e conversou com eles. O André Guimarães, do Flamengo quase enfartou. E o Jacob estava certo. Tem que conversar sim.

Essa conversa sobre arbitragem ainda vai render muito nesse espaço.

Saudades dos grandes árbitros, que sabiam os nomes de todos os grandes jogadores e eram respeitados por todos eles.

Eles faziam parte do espetáculo.

De qualquer forma, quero agradecer muito ao Byra Bello por ter dito que foi muito bom eu ter voltado ao basquete e que meu lugar é aqui.

O Byra sabe muito.

Tenho certeza que nossas discussões serão muito saudáveis para o basquete brasileiro.

Neto foi desqualificado porque quis fazer
 uma pergunta a um árbitro com o jogo parado.
 Barulho ensurdecedor obrigou técnico do Flamengo a
entrar na quadra para manter comunicação. 





Os Problemas do Maior Espetáculo da Terra

Muita gente está vendo com desconfiança a minha volta ao basquete brasileiro.

Muito mais pela minha personalidade do que pela minha competência.

A verdade é que já militei em todos os níveis e sempre com muita entrega e intensidade.

Fui superintendente da Federação de Basquetebol do Estado do Rio de Janeiro na época dourada do basquete do nosso estado.

Não posso descrever o que sinto quando presencio uma grande vitória do Flamengo.

Não existem palavras para descrever a Nação Rubro-Negra.

O Flamengo é um clube diferente. Tudo lá é diferente.

O que serve para os outros, não serve para o Flamengo.

Ontem, eu fiquei preocupado, de verdade.

Mais de 3.000 apaixonados rubro-negros superlotavam o histórico ginásio do Tijuca TC.

Amo esse ginásio. Mas esse time do Flamengo não poderia estar jogando lá.

Esse time pegou...

É a mesma coisa do futebol jogar em Conselheiro Galvão.

Mas isso é outra história.

A minha preocupação é com a superlotação.

E não tinha policiamento...

Perguntei para um dos responsáveis pelo jogo e ele me respondeu que, em qualquer dúvida, o árbitro suspenderia o jogo.

Eu quase enfartei...

Querem matar o árbitro.

Me falaram que a responsabilidade da segurança é do mandante.

Não é bem assim!

Isso é na normalidade.

Qualquer competição é composta de jogos de alto risco.

Nesses jogos têm que ser escalados delegados especiais que comandam a segurança.

Eu acho que a partida de amanhã é uma dessas.

Flamengo x Pinheiros é um jogão.

A torcida do Flamengo vai superlotar o Tijuca TC novamente.

Vão perturbar o Cláudio Mortari, que já foi técnico do Flamengo, e que vai saber explorar tudo que puder para acabar com a invencibilidade rubro-negra.

Tem jogos que o policiamento tem que ser preventivo.

Policiamento preventivo jamais será preocupação do time da casa.