domingo, 24 de janeiro de 2016

Rio Claro prega fogo... Ah! É Zé Boquinha!... Dedé Barbosa ultrapassa a página 11... e os deuses do basquete premiam quem sabe vencer

No Ora, Bolas! de ontem... enalteci o time feminino de Americana que anda obtendo mais de 100 (por jogo) nos índices de eficiência da LBF (que são os mesmos do NBB).

Ontem, na vitória de Rio Claro (62 x 61) sobre Macaé...

a eficiência terminou empatada. 60 x 60.

O jogo foi muito fraco tecnicamente.

Não aguento mais esse papo de defesa forte.

Está virando uma enorme seita. Tipo reverendo Moon.

No intervalo do jogo... nosso craque Gui Deodato foi para o vestiário vencendo por 30 x 29...

e declarou para a Rede TV... que seu time não estava defendendo bem!

Estão querendo surtar esse cronista.

Acho que estão querendo imitar aquele jogo de um determinado Campeonato Europeu que terminou zero a zero.

Só que lá... descobriram que o aro era menor do que a bola.

Voltando à Rio Claro...

e antes que os jovens técnicos mudem o nome do jogo para 'defesabol'...

Continuo minha incursão pelo 'Império dos Sentidos'.

Ontem...

Assisti na Rede TV...

ouvindo a vibrante narração do meu ídolo Léo Mendes, na Rádio Pimba, de Rio Claro.

Quem gosta de basquete... e nunca ouviu uma transmissão radiofônica dessas...

não sabe o que está perdendo.

Normalmente...

tiraria o som da tv... e ouviria apenas o rádio.

Rádio?

Vou confessar uma coisa...

Esse dinossauro que vos fala... fica cada dia mais impressionado.

Até ontem... eu ouvia no computador.

Agora... descobri um aplicativo para celular... e posso ouvir aonde quiser.

Foi sensacional... e fácil demais.

Afinal de contas...

na Rede TV... estava o Cadum Guimarães...

que apesar de ter pouco tempo na função...

já ouso chamá-lo de mestre... como comentarista.

Aliás... o Cadum e o Renatinho... estão superando toda e qualquer expectativa... e demonstrando que talento, aliado ao trabalho... formam craques em qualquer atividade.

O Léo Mendes pregou fogo.

A cada cesta de 3... a cada enterrada de Rio Claro...

ele quase levantava defunto do caixão.

E isso foi muito importante para Rio Claro.

Que é uma cidade que entende de basquete.

Que sabe que... independente do nível técnico do jogo... o que importa 'é que emoções eu vivi'.

Rio Claro jogou sem pivôs.

Daniel Alemão não jogou porque foi suspenso no jogo contra o Flamengo.

Ouvi, na transmissão, que ele tomou duas faltas técnicas.

Péra aí!

Isso suspende?

Para mim, é novidade. O que suspende é a desqualificação.

Enfim, vou perguntar para o meu filhão Enaldo...

que sempre tira minhas dúvidas com muita gentileza.

Espero que ele não esteja chateado comigo porque às vezes (somente às vezes)... eu dou umas palmadas nos árbitros novinhos...

mas faço isso para o bem deles. É assim que amadurecem.

Tenho um orgulho estratosférico do Maurício Serour e do Vander Junior...

mas podem saber que eles levaram muitas palmadinhas quando apitavam conosco na FBERJ.

Voltando... de novo... à Rio Claro...

o Atílio também não jogou.

O Dedé Barbosa teve que jogar com 4 abertos...

e com o Teichmann de pivô.

Esse é um exemplo do que chamo de problema da página 11.

O time capenga na quadra...

e o técnico olhar para o banco e pensar:

"Ruim com eles... pior se mudar!"

Não tenho saudades desse sentimento.

Para piorar a situação...

O Tatú tirou a tarde para fazer todas as doideiras... que vieram em sua mente.

Ele não encontrava soluções.

O Teichmann tinha dificuldades para marcar pivôs.

O Dedé Stefanelli marcando dentro do garrafão... lembra o Marcelinho Machado.

O negócio foi marcar zona.

Mas o ataque não funcionou.

Só que... no intervalo do jogo...

Rio Claro homenageou o grande Zé Boquinha, campeão paulista de 1995...

Nessa época, o Campeonato Paulista era mitológico.

O ginásio inteiro gritou: "Ah! É Zé Boquinha!".

Numa entrevista na Rede TV, o Zé Boquinha falou:

"Larguei o basquete em 2006... desde então, é a quarta vez que entro em ginásios brasileiros... as outras três, foi profissionalmente, para comentar. Não tenho prazer em ver os desmandos da CBB".

Ele complementou:

"O basquete brasileiro necessita de uma mesa-redonda de 3 dias. O NBB está legal, mas a base e a formação dos técnicos tem que ser repensada"

Esse cronista aplaudiu em pé.

Pobre basquete brasileiro que permite que personagens como Zé Boquinha se afastem do esporte.

Como Rio Claro não permitiu...

os deuses do basquete fizeram justiça.

Na última bola...

Macaé optou por colocar o Eddy marcando o Tatú.

O armador de Rio Claro seguiu as ordens do Dedé Barbosa... segurou a bola até faltarem 7 segundos... e cortou, com muita facilidade, seu marcador.

Para surpresa geral... a cobertura veio de dentro.

Tatú serviu o Teichmann completamente livre embaixo do aro... que enterrou selando uma atuação heróica numa posição difícil que não é a sua.

Ainda faltavam 4 segundos. Tempo para Macaé.

O técnico macaense orientou para o mismatch. Pediu para que jogassem no desequilíbrio da defesa de Rio Claro.

O que ele não sabia... é que do outro lado tem um grande técnico.

Que apesar de ter sofrido muito durante o jogo... sabe que o mais importante é vencer.

O Dedé Barbosa voltou com uma marcação definida (Dedé Stefanelli e Tatú só marcando os homens de fora)... e tirou qualquer possibilidade de Macaé tentar o chute final.

Léo Mendes empolgou seus ouvintes com sua narração que 'prega fogo' em quem está ouvindo...
e Zé Boquinha emocionou Rio Claro com sua presença no ginásio Felipe Karam



Um comentário:

  1. Digite seu comentário...Parabéns pelo texto estive no ginásio ontem e suas palavras descrevem exatamente o que nós da torcida sentimos
    Sobre o Zé Boquinha realmente é uma pena que A CBB provoque esse sentimento de repúdio em um dos maiores mitos di nosso amado esporte assim como em outras tantas pessoas de bem,vamos crer que essa corja seja suspensa das direções da CBB,CBF,CVB entre outras.
    Quanto ao Locutor Leo Mendes eu indosso suas palavras eu fenômeno nas narrações que em breve se Deus quiser será reconhecido.
    Um grande abraço desse mais um amante do Basquete.
    Reginaldo Santos

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