quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

E quando a bola não cair?

Tenho um carinho todo especial pelo basquete de Bauru.

E possuo uma enorme sede de aprendizado... em tudo relacionado ao basquetebol.

Estou apostando alto... que o Pashoalotto acertou, em cheio...

na escolha do substituto do super-técnico Guerrinha.

O super-talentoso comentarista do Sportv, Renatinho...

durante uma das transmissões ao vivo... da primeira fase da Liga das Américas...

disse que Bauru tem um arsenal... de tiros de 3 pontos.

Mas que se preocupa muito... quando a bola começa a teimar a não cair.

Que foi assim na final do NBB... do ano passado...

no segundo jogo contra o Real Madrid...

e...  na semana passada... no Rio de Janeiro, contra o Flamengo.

Nessa mesma semana... tive a oportunidade de comentar o jogo Macaé x Bauru... para a Rádio Auri-Verde, de Bauru.

Isso aumentou minha curiosidade... e minha atenção... ao trabalho desenvolvido pelo Demétrius...

a frente do plantel bauruense.

A primeira coisa que me chamou a atenção...

quando o jogo em Macaé já estava decidido a seu favor...

foi a escalação de uma formação com 3 pivôs.

Vou tentar responder o questionamento do Renatinho...

utilizando as ferramentas... que o Demétrius está desenvolvendo...

com muita inteligência.

Assisti, gravando... os 3 jogos do Bauru, na Argentina.

E vi um time crescendo a cada decisão.

O time titular... é o time titular!

Campeão das Américas.

Nele não se mexe.

Pode chutar a vontade.

Esse time é capaz de derrotar qualquer adversário nessa temporada.

A prioridade... agora... é desenvolver novas formações.

Prestem atenção!

Basquete é complicado mesmo.

Não estou falando em desenvolver novos jogadores.

Todos sabem jogar... e estão bem treinados.

Estou falando em dar sistemas táticos diferentes... para novas formações.

Fischer, Alex, Day, Jefferson e Hettsheimer... é o time que começa o jogo.

E ninguém tem que questionar isso.

A única coisa diferente que eu implementaria... e já dizia isso para o Guerrinha, no ano passado...

seria uma jogada especial para o Day arremessar.

Todos os outros arremessam naturalmente.

Ele... por ser atirador de elite galático... mereceria uma jogada só para ele.

Isso daria uma moral a mais... para um artilheiro que pode fazer toda a diferença.

Daí para frente...

O Meindl no lugar do Day... já muda muita coisa.

O Meindl é mais completo.

O time continua querendo chutar de fora... mas ganha mais presença dentro do garrafão.

A grande sacada do Demétrius está sendo jogar com o Fischer... e o Boracini, juntos...

e mais 3 pivôs.

Fischer, Boracini, Meindl, Hettsheimer e Murilo.

Esse time vai jogar dentro... com certeza.

Quando digo dentro...

estou me referindo a um volume maior de tiros de 2... do que de 3.

Sem arremessos de 3... ninguém consegue jogar basquete... nos dias de hoje.

O Murilo ainda está fora da sua melhor forma.

Não tenho dúvida...

que pick'n rolls dos armadores... com Murilo e Hettsheimer... aumentarão, em muito... a pontuação dentro do garrafão... que todos desejam.

Outra coisa que penso que Bauru tem que resolver...

são os critérios da falta de ataque... no poste baixo.

O Hettsheimer... na posição 5... gira utilizando seu marcador.

Pode ou não pode?

Tem árbitro que adora apitar esse tipo de lance.

Principalmente, se o marcador se atirar para trás.

Acho que o Demétrius deveria procurar a Comissão de Arbitragem...

e buscar uma solução para esse problema.

Antes que que ele surja num jogo decisivo.

Tem formações que não funcionaram.

Independente da qualidade dos jogadores.

É questão química...  questão tática.

Boracini, Day, Jefferson, Meindl e Murilo... foi uma delas.

O jogo, para o Demétrius... virou uma partida de xadrez.

Um lance certo... ou um lance errado... às vezes, custa mais de 10 pontos de diferença no placar.

Quem cresceu de importância... nessa história toda...

foi o menino Wesley Sena.

Ele... atuando com mais pivôs ao seu lado... ganhou consistência... e minutos em quadra.

O jovem Ricardo Fischer também cresceu... em liderança... e personalidade.

Ele é o dono da bola... e quem determina o que deve ser feito.

Sua eficiência no tiro... sua agressividade no jogo 1 x 1...

sua lucidez nos pick'n rolls... e seu brilho nos momentos decisivos...

podem garantir uma vaga como MVP... desse NBB.

Ricardo Fischer brilhou na primeira fase da Liga das Américas


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