sábado, 9 de janeiro de 2016

Bauru alavanca mais um Super-Técnico

Já escrevi nesse espaço que o basquete sofreu (e continua sofrendo) um genocídio...

que eliminou as principais cabeças pensantes do nosso esporte.

Como o basquete é um esporte amoldado para pessoas fortes...

e basqueteiros são pessoas de personalidade forte...

os principais nomes do nosso esporte foram afastados, perseguidos e difamados.

Não tenho problemas em reconhecer que sinto dificuldade em me sentir afastado do esporte que mais amo, estudo e conheço...

mas tenho mais dificuldade ainda em perceber o afastamento de Edvar Simões, Hélio Rubens, Wlamir Marques, Magic Paula, Rainha Hortência, Cláudio Mortari, Oscar Schmidt...

para ver decisões serem tomadas por pessoas que nada representam na história do nosso esporte...

ou pior ainda...

que entrarão para a história pelas denúncias de corrupção, clientelismo e outras práticas hediondas...

que todos sabem que são verdadeiras...

mas que ninguém tem coragem de se manifestar.

No 'Ora, Bolas!' de hoje...

quero me fixar no tema "Técnico em Basquetebol".

Exatamente o tema que a CBB mais odeia.

Um técnico só melhora com o tempo.

Ele vai aprendendo a conviver... e resolver... problemas de maior qualidade.

Ele vai virando as páginas do manual.

E tem mais...

é uma profissão... que exige dons específicos.

Talento nato.

Bauru, ontem, respirou aliviado.

Assisti à uma grande exibição do time bauruense (90 x 68 Franca, no Pedrocão).

Bauru conquistou as Américas comandado pelo mais preparado técnico em atividade no país.

Ninguém entendeu a saída intempestiva do Guerrinha.

Ninguém é criança.

É lógico que algo aconteceu.

Mas dói ver um profissional do quilate do Guerrinha desempregado.

Dói mais ainda... ver outros projetos apostarem em assistentes iniciantes (com pouca bagagem e poucas horas de vôo) em detrimento de um técnico capaz de resolver uma enorme quantidade e qualidade de problemas.

Pelo menos, Bauru apostou no Demétrius.

O Demétrius, desde que jogava, já era um técnico dentro da quadra.

Ele tem liderança...

é inteligente, carismático... francano... filho do meu amigo Edson Ferraciú...

e está a cada dia mais experiente (óbvio).

Já brinquei aqui nesse espaço dizendo que ele estava abusando do uso da prancheta...

mas isso sempre foi normal em técnicos iniciantes.

Para sua carreira, foi excelente trocar o Minas pelo Bauru.

A derrota para a Liga Sorocabana (na última rodada de 2015) também foi excelente...

porque proporcionou liberdade para iniciar um novo trabalho.

Ontem...

Bauru... 16 bolas de 3 pontos em 29 tentadas (55%).

Jefferson... 30 pontos em 31 tentados... 6/6 de 3... 5/5 de 2... 34 de eficiência.

Paulinho Boracini, que o 'Ora, Bolas!' afirmou que tinha que jogar... 16/16 pontos e 18 de eficiência,,, em 17 minutos jogados.

Alex Garcia...19 de eficiência.

Bauru livre, leve e solto.

"Nosso time já está com a cara do Demétrius", afirmou Jefferson, após o jogo.

"Quando Bauru joga assim, é impossível vencê-los", declarou Mathias, de Franca (ex-Bauru), que conhece bem o potencial da equipe campeã das Américas.

Só sei que o Bauru já conduziu um super-técnico ao degrau mais alto da carreira no continente...

e se prepara para levar outro para o mesmo lugar.


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