terça-feira, 28 de abril de 2015

Americana... sem americanas... joga xadrez com boxe... e posta nas redes sociais... #partiu fazer história

É público e notório... o carinho e o respeito que sinto pelo Mestre Vendramini.

mas... numa crônica muito especial...

aonde vou falar numa conquista histórica...

em que Americana... sem americanas...

conquistou um título que parecia inviável...

vou pedir licença...

para falar, primeiro... de 2 grandes personagens dessa edição da Liga Feminina.

Quero reiterar que considero o guerreiro Roberto Dornelas...

como o personagem mais importante do basquete feminino atual.

Ele tem que ser defendido...

tem que ser preservado.

Ele não é o rei da simpatia...

mas nenhum grande personagem do nosso basquete... jamais foi.

O Vendramini também não é... Maria Helena nunca foi.

Hortência não é... e a Paula nunca foi.

e não é para ser.

Basquete é lugar para gente forte...

gente de personalidade forte... de opiniões fortes.

O Dornelas é sinônimo de basquete...

aonde ele passar... nasce basquete.

Nessa Liga Feminina o mando de quadra foi fundamental.

Americana venceu todos os jogos contra o América... em Americana.

O América venceu todos os jogos contra Americana... no Recife.

Sabem porque a finalíssima foi em Americana?

Porque São José derrotou o América.

O América havia vencido Americana... na fase de classificação...

por 12 pontos de diferença (80 x 68).

Em Americana... vitória do time da casa... por 5 pontos de diferença (86 x 81).

A vantagem do mando seria do time pernambucano.

Acontece que o técnico Carlos Lima, do São José...

conquistou uma vitória memorável sobre o time pernambucano...

e... além de conquistar o terceiro lugar da Liga...

ainda inverteu o local da grande decisão.

Mas... falando da grande final...

não costumo analisar... taticamente... partidas terminais.

Nesse instante...

é muito duro... e desnecessário...

discutir o... 'porque perdemos".

O que fica para a história...

são as gloriosas fotos da comemoração.

Ninguém está interessado em saber...

quem jogou bem... e quem não jogou.

Mas tem algumas coisas que são legais de serem ditas:

Já escrevi... nesse espaço...

que basquete é uma mistura de xadrez... com boxe.

Acho que ontem...

O América optou pelo boxe...

e Americana preferiu jogar xadrez.

Acho que a Érika incorporou o espírito do Jamaal...

quanto mais a provocavam... mais jogava.

28 pontos e 18 rebotes...

numa atuação inesquecível...

mas faltou dosar um pouco.

O Dornelas optou por explorar suas pivozonas...

Iniciou o jogo explorando a Erika... na posição 5...

e lançou a Nádia... jogando a Damiris para dentro do garrafão.

A Damiris... que prefere jogar... não tão perto da cesta...

sentiu a estratégia.

A guerreira Tiffany... também merece uma menção honrosa...

o que ela apanha... e continua lutando.

Num momento decisivo da partida...

ela chocou joelho com joelho... contra a Damiris.

Isso doeu muito...

no Dornelas... que teve que retirá-la de quadra.

A Tamera Young também provou seu valor.

Em Americana...

a cubana Ariadna foi protagonista...

de uma atuação que combinou força... com inteligência.

Ela descobriu diversas avenidas... na defesa pernambucana...

e abusou dos cross overs... e dos back doors.

Por falar em cross overs... e back doors...

não posso deixar de citar a Chuca...

ela não brilha tanto... mas também joga demais.

Ela e a Palmira foram fundamentais na conquista.

Assim como a Gil... que encarou as gigantes pernambucanas.

a Babi confirmou que joga muito...

mesmo sem guaraná em pó.

A Joice é fantástica.

Ela fez uma jogada-show... que o Renatinho disse...

que ela pareceu o Stephen Curry... do Golden State Warriors.

não sei não...

quando vi a jogada...

me lembrou a Rainha Hortência...

acho que tem mais a ver.

Num outro momento...

o Henrique Guidi... narrador do Sportv...

brincou com a Rainha Hortência:

"Você sabia passar a bola pelas costas?"

Será que ele não sabe que nossa rainha passava a bola por qualquer lugar?

só não passava a bola para os outros... e nem precisava.

Mestre Vendra começou a ganhar o título... antes do jogo:

"Joguem com alegria...

chamem a torcida para o jogo..."

Deixei para o final...

minhas duas maiores campeãs.

A Clarissa... que foi considerada por todos... como a MVP do campeonato...

declarou... já com sua medalha no peito:

"Aprendi a gostar de basquete... ele é a minha vida".

Esse cronista se emocionou...

lembrando dos tempos em que pinçamos ela no projeto sócio-esportivo do Miécimo da Silva, em Campo Grande (RJ).

ela fazia atletismo (lançamentos)... na Mangueira.

e era campeã carioca da modalidade.

Foi muito difícil convencê-la... junto com sua mãe...

que o basquete era seu futuro.

O atletismo perdeu uma campeã... mas o basquete ganhou muito.

No jogo anterior...

elegi uma jogada sua... como a mais bonita do jogo.

Drible... parada... e jump... e 2 pontos para Americana.

Ontem...

Drible... parada... e... assistência para a Damiris.

Acho que já tem gente revendo o conceito de que pivô não pode passar bola para pivô... num contra-ataque.

Outra que sempre merecerá um capítulo a parte... desse cronista...

é a Karla Guerreira.

Foi lindo ter saído... das mãos dela... os arremessos decisivos.

Assim como também foi lindo... vê-la como capitã... levantando a taça.

Vou insistir... porque precisamos...

Muitas seleções já convocaram jogadores desse porte... para uma competição muito importante.

Ela agrega muitos valores...

jogando... no banco... e fora da quadra.

A Seleção Brasileira... se quiser obter resultados...

não pode abrir mão da Karla.

Por falar na Karla...

após o jogo... ela desabafou;

Treinamos demais...

enquanto nossos amigos... e nossa família... vivem postando nas redes sociais:

#partiu festa... #partiu praia...

nós só postamos... #partiu treino

Não sei não...

acho que a Karla deveria postar:

#partiu fazer história.









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