terça-feira, 25 de outubro de 2016

Basquete Carioca, com tv... sem público, num ginásio de treinamento... luta para voltar aos grandes dias

Estou escrevendo esse 'Ora, Bolas!' sem pensar no que estou fazendo.

A decisão de tirar o basquete da minha vida parecia irreversível.

Só sei que conseguimos sair do basquete... mas ele não sai de dentro de nós.

Quem me conhece... sabe que sou visceral.

Só sei viver numa intensidade alucinante.

E sempre considerei o Basquete como uma verdadeira religião.

Ontem, assisti no Sportv, o jogo entre Flamengo x Vasco, primeira decisão do Campeonato Carioca.

Aconteceram coisas que mexeram muito comigo.

Flamengo x Vasco na Gávea?

Isso é surreal.

Flamengo x Vasco com somente uma torcida?

Sem comentários.

Flamengo x Vasco, até com portões fechados, não pode ser disputado num ginásio de treinamento.

Ainda mais sendo uma decisão de campeonato.

Estou lendo na internet... que o pessoal do basquete paulista está indignado com o Sportv.

Eles não entendem a razão das finais do Paulista não terem transmissão do canal campeão.

Só sei que nos anos 2000... todos os principais jogos do Campeonato Carioca eram televisionados.

e o orçamento gerado com isso... subvencionava as categorias de base.

Por falar nos anos 2000...

estou escrevendo esse crônica recebendo a notícia do falecimento do Capitão Carlos Alberto Torres.

Vocês sabiam que ele é benemérito da Federação de Basquete do Rio?

Quando ele exerceu a Secretaria de Esportes do Rio... ajudou demais o nosso Basquete.

Infelizmente, nossa cultura não exercita muito a memória.

Sempre afirmei que a grande crise do basquete brasileiro é a falta de dirigentes.

Todas as outras crises são consequência dessa.

Ontem, vi o Fernando Lima sentado no banco do Vasco.

Não tenho dúvidas que o basquete carioca precisa de dirigentes desse naipe.

Um grande dirigente sabe que um grande trabalho começa na escolha de um grande técnico.

O Vasco acertou em cheio ao convidar o Christiano para dirigir esse projeto.

O Christiano simboliza o que deve ser um grande técnico.

Ele viveu, intimamente, o Basquete dos grandes técnicos.

Sabe que o Basquete é um esporte de dominação.

Aliás... gostaria de entender quando foi que um técnico de basquete se transformou num selecionador de jogadinhas.

Pedir tempo... significa desenhar na pranchetinha a jogada do próximo ataque?

Aliás... vendo as entrevistas antes e após o jogo... fiquei com a impressão que o orçamento do Vasco é superior ao do Flamengo.

Ouvi que o Flamengo tem  6 jogadores adultos... enquanto o Vasco tem 12.

Penso que não.

Penso que os 6 super craques do Flamengo somam um investimento muito superior do que o orçamento do Vasco.

Enfim... posso estar errado.

Só sei que gostei muito de ver o Basquete carioca reviver.

Ver Eduardo Augusto,com sua maravilhosa veia artística (há muito tempo que não via um árbitro dar uma falta técnica somente com o olhar), demonstrando que aqueles que defendem a arbitragem robotizada, não entendem de esporte.

Estou muito confiante na virada que o basquete brasileiro dará no próximo ano.

A próxima eleição da CBB está sinalizando para mudanças essenciais.

Acho que muitos estão começando a entender o que defendi nas eleições passadas... mas deixa isso para lá.

Mesmo de muito longe... sempre estarei torcendo para que o Basquete volte para o lugar de onde nunca deveria ter saído.






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