segunda-feira, 7 de novembro de 2016

Bauru e Flamengo abrem o NBB com um Basquete muito além da página 10

Agora é oficial!

O 'Ora, Bolas!' voltou...

O campeão voltou em grande estilo.

Uma das crônicas sobre as finais do Campeonato Carioca ultrapassou as 1.000 visualizações.

Assistimos o jogo de abertura do NBB entre Bauru e Flamengo... e não teve como não se emocionar.

Foi um jogo com aqueles ingredientes que mexem até com quem está passando, de bobeira, na frente do monitor.

Um jogo daqueles que meu ídolo Rossinho gosta.

Para quem não sabe... o 'Ora, Bolas!' não pretende passar qualquer tipo de informação. Nunca.

Muito menos, comentar sobre qualquer partida.

Existimos somente para analisar alguns poucos detalhes de cada jogo televisionado.

Falar sobre aquilo que ninguém comentou.

Gerar polêmica. Provocar reflexões. Fazer pensar.

Nosso público-alvo é formado por quem assistiu ao jogo.

Não temos nenhum problema com quem discorda do que escrevemos. Tem momentos que até nós não concordamos com o que defendemos.

O Basquete é assim mesmo. Milhares de micro detalhes. Infinitos sub temas.

Não existe certo e errado.

Mas uma coisa temos certeza. É esporte para gente forte. E não se limita as 10 páginas iniciais do manual.

A grande euforia do momento reside na entrada da Tv Bandeirantes... no lugar da Rede Tv.

Perdemos nosso super Marcel... mas ganhamos o príncipe Danilo.

Acompanhei de muito perto toda a trajetória do Danilo no Basquete... e posso afirmar que ele é daqueles que exercem, com muita competência, qualquer função que lhe for solicitado.

Ele é forte... e doce.

Mas vou confessar uma coisa. Assistimos com o controle remoto na mão.

Confesso que não gosto de geladão (transmissão feita num estúdio, longe do calor do jogo).

Aprendi muito com o Mestre José Trajano... quando convivi com ele nas transmissões, ao vivo, da Espn Brasil.

Locutor e comentarista têm que estar presentes no calor do jogo.

Só sei que a dupla Odinei e Renatinho, do Sportv, segue dando banho de emoção... e qualidade.

Por falar em qualidade...

O trabalho do Demétrius e do Neto... nesse jogo... foi acima da média.

Eles enfrentaram problemas que estão muito depois da página 10 do manual.

Confesso que não estou entendendo bem a montagem do plantel do Flamengo.

Aliás, confesso que não entendo os analistas... não analisarem o orçamento de cada clube antes do início de cada temporada.

O Flamengo optou por ter em seu plantel... Marquinhos, Marcelinho Machado, JP Batista, Olivinha, Ronald Ramon, Ricardo Fischer...

Super craques que desequilibram qualquer competição interna.

Só que decidiu investir em garotos que ainda não estão na hora de jogar essa competição... com essa responsabilidade.

Não tem nada a ver com idade. Tem a ver com personalidade.

Não é fácil para ninguém... jogar ao lado dos seus ídolos.

Me lembro muito bem de uma experiência... de ter jogado uma pelada, nos áureos tempos, no time do Hélio Rubens.

Eu só queria passar todas as bolas para ele. Simples assim.

Bauru acertou em contratar o Gui Deodato... e o Gegê.

É  a vez deles.

Por falar nisso... ninguém vai contratar o Dedé Stefanelli?

Esse menino tem potencial de super-craque. Penso que explode nessa temporada.

Por falar nisso... o Valtinho estava lesionado nas prorrogações?

O Gegê entrou e não saiu mais.

Aliás, o Baurú ficou com um potencial defensivo espetacular. Gegê, Alex e Gui marcam muito.

Mas não tem pivô. O Hettsheimer não é pivô.

Não se joga Basquete sem pivô... nem sem armador.

Pelo menos nas 10 primeiras páginas do manual.

Assisti uma arbitragem extremamente confusa.

Vi o Serpa se enrolar todo. Acho que o Demétrius tem motivo para reclamar até dizer chega. A falta que o Shilton recebeu após dominar um rebote decisivo foi determinante.

Mas absolvo o trio.

O pessoal que comanda tem que parar de inventar critérios mágicos. Regra é regra.

O Renatinho explicou, na transmissão, que falta tática, agora, é falta anti desportiva.

Como assim?

Falta tática é falta tática. Anti desportiva é anti desportiva. Eu acho.

Até o Renatinho se enrolou. Queria que aquela falta cometida para parar o cronômetro... fosse considerada anti desportiva. Afinal de contas, o meliante desprezou a bola.

O Flamengo soube dosar melhor as faltas pessoais... em relação aos jogos contra o Vasco.

Por falar nisso... é sério que o Vasco aceitou jogar o terceiro jogo contra o Flamengo somente em dezembro?

Deu tempo para os jogadores lesionados do Flamengo se recuperarem?

Muito estranho isso.

Bauru soube jogar sem pivô. E sem o Léo Meindl.

Foi mais difícil jogar sem o Léo Meindl do que sem pivô.

Todos sabem que somos fãs de carteirinha do filho do Paulão.

Nunca tínhamos visto uma atuação tão despersonalizada desse jovem craque.

Sei lá... deve ter havido alguma razão para isso.

Bauru soube enfrentar os jovens do Flamengo. Flutuação total.

Alex marcando meninos... e chegando forte na cobertura dos craques rubro-negros.

Aliás...

foi engraçado ouvir as instruções nos pedidos de tempo.

Só se referiam aos meninos do Flamengo... como meninos.

"Você marca aquele menino".

No Basquete é assim mesmo.

No começo, o jogador é "menino". Depois passa a ser um número: "Você marca o número 12 deles".

O terceiro estágio é passar a ser o 'e'.

O último a ser lembrado na escalação.

Não é fácil formar um craque.

Por falar nisso...

achei sensacional ouvir o Demétrius desabafar: "Depois não gostam de ser cobrados no treino", após uma sequência de passes errados.

Péra aí...

Tem jogador que não gosta de ser cobrado num treino?

Tem jogador 'moderno' que ainda não entendeu que a pressão de um treinamento... tem que ser maior do que a do jogo.

Por isso defendo que um técnico não pode ficar perdendo tempo desenhando jogadinhas nas pranchetinhas.

Ainda não fabricaram pranchetas que provoquem pressão nas canetinhas.

Sei lá... se acabar a tinta no meio de cada ataque... pode haver uma situação mais real.

Por falar em sensacional... muito bom ver o Demétrius orientar seu time... para que iniciasse o movimento de ataque... em cima dos meninos do Flamengo... ou em cima do Marcelinho.

Por falar em Marcelinho...

ainda bem que acabou aquela fase de achar que o Marcelinho não tem mais idade para ser titular.

Ele continua sendo titular em qualquer time do Brasil. Jogando 40 minutos... ou 50, se precisar.

Deveriam colocar uma placa nas zonas mortas das quadras: "Cantinho do Marcelinho"

Ele foi decisivo na vitória do Flamengo por 100 x 97, na segunda prorrogação.

E olha que o Flamengo jogou sem armador. Definitivamente, o Ronald Ramon não é armador.

Enfim, um jogaço.

Dois grandes times, com sérias limitações.

Dois técnicos promissores, resolvendo grandes problemas.

Dois canais de televisão, trazendo emoção para quiser se emocionar.

Uma grande crônica... tentando traduzir em poucas palavras... um jogo que mereceria, no mínimo, 11 páginas bem escritas.

JP Batista obteve 34 de eficiência.
Ele sou explorar bem a deficiênia de pivôs do time bauruense
Olivinha: 15 pontos e 16 rebotes.
Um craque essencial na história moderna do basquete do Flamengo
Gui Deodato: 21 pontos e 19 de eficiência.
Um grande retorno para uma equipe aonde a identificação é total.
Sua experiência em Rio Claro foi muito benéfica
Valtinho: muita categoria na armação de Bauru.
Sentimos sua ausência nas prorrogações

Hettsheimer: um craque diferenciado.
Muito prejudicado pela carência de pivôs em Bauru

Léo Meindl: Uma inexplicável atuação apagada e despersonalizada.
Tem potencial para ser o MVP desse NBB

Marcelinho Machado: Continua brilhando e sendo decisivo.
Um doa craques mais vencedores da nossa história

Ronald Ramon: Potencial semelhante ao do David Jackson (Vasco).
Está sendo obrigado a armar. Isso diminui seu ímpeto ofensivo

Shilton: Limitado, mas é um deus guerreiro.
Um erro da arbitragem comprometeu sua atuação

Alex Garcia: 30 pontos e 25 de eficiência.
É um exemplo de atitude e eficiência para todos nós.


Gegê: no melhor momento da sua carreira.
Sua atitude defensiva encanta o Demétrius.
Ainda necessita mais fome de pontuar









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