terça-feira, 17 de março de 2015

É Perdoando... que se é Perdoado

Fui prestigiar o lançamento da Associação de Técnicos do RJ...

e fui surpreendido com o direito a palavra.

Nosso Miguel Palmier... que presidia o evento...

disse que eu podia falar o que quisesse.

Falar para técnicos de basquete?

acho que já falo todos os dias... aqui nesse espaço.

Então... tinha que ser algo muito especial...

e dei o melhor depoimento possível.

Em toda minha longa carreira... só tive um inimigo pessoal.

Exerci... com bastante sucesso... a gestão técnica do basquete do Rio de Janeiro por 7 anos...

foram os anos dourados...

foi a melhor época do basquete do nosso estado.

Flamengo, Vasco, Fluminense, Botafogo, Telemar, Campos, Macaé, Mangueira... e muito mais.

basquete em todos os municípios do Rio de Janeiro.

Muitos clubes na base... Rio Open para quem tinha menos estrutura...

4 divisões no feminino... culminando com o título brasileiro juvenil.

Taxas de arbitragem subsidiadas com verbas do Governo do Estado... e da Prefeitura do RJ...

Campeonato Estadual Petrobrás... para cadeirantes... nas preliminares do Estadual Adulto.

Copa Eletrobrás Estudantil... com muitos colégios.

Projeto Bola-na-Cesta atendendo 1.500 jovens carentes... nas áreas de risco da nossa cidade.

Big Days... Arena Telemar, na Praia de Ipanema... Grupo de Estudos... parceria com o CREF...

Só que isso tudo gerou um ciúme monumental na entidade máxima.

Isso gerou boatos amanteigados... que me atingiram no lado pessoal.

Quando alinhei com Oscar Schmidt, Hortência, Magic Paula, Janeth, Nenê... com 9 presidentes de federação... e com quase todos os clubes brasileiros...

para criar a Nossa Liga de Basquete...

que foi o embrião do atual NBB...

meu mundo caiu.

Denunciei muita coisa errada da então administração da CBB...

desconstruí a imagem... naquele momento... da instituição.

mas morremos todos abraçados.

Há 2 anos atrás... fui procurado pelo Grego... meu então arqui-inimigo.

"Guilherminho... precisamos conversar...

está na hora de acabarmos com essa história..."

A conversa durou umas 3 horas...

Assumi tudo que tinha falado... e tinha feito.

e expliquei o porque disso tudo.

Ele responsabilizou seus assessores e pediu meu apoio.

Pensei bastante...

e concluí que deveria dar esse exemplo para o basquete brasileiro.

Nossa guerra prejudicou todo mundo...

nunca houve vencedores...

o basquete do Rio foi o maior prejudicado.

Como ainda tem gente daquela época na CBB...

sou perseguido até hoje.

Mentiras e mais mentiras...

Sempre dei a cara para bater...

sempre fui 'workaholic' assumido...

mas sempre militei no campo técnico...

jamais me intrometi em assuntos jurídicos... ou financeiros.

Atualmente, o NBB comprova que nossa luta valeu a pena...

mas fica a experiência para os jovens basqueteiros...

nosso esporte é competitivo...

para um vencer... alguém tem que perder.

mas saibam os limites da rivalidade...

não condenem... por condenar.

aceitem o contraditório...

aceitem as críticas...

e não transformem em inimigos... quem, simplesmente, está falando o que pensa.



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