quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

Eddy, Márcio, Mosso e André Goes, sem pivôs... esbanjam atitude... anulam gigantes baianos... e brilham na noite do Mago Bial

Moro no eixo Rio de Janeiro - Macaé há 8 anos.

Nunca escondi que não gosto do projeto de basquete de Macaé.

A cultura esportiva brasileira prega que não devemos nos importar com a origem dos recursos financeiros investidos no esporte.

Em ano olímpico...

é capaz de ser anti-patriótico falar sobre isso.

Então... deixa para lá... por enquanto.

Ontem, fui ao Juquinha assistir Macaé 88 x 79 Vitória Universo (BA).

Só sei que o time macaense não tem nada a ver com meu sentimento sobre o projeto.

Como jogam o Eddy... o Márcio... e o Mosso.

A equipe macaense estava esfacelada.

Em último na tabela de classificação...

e sem jogadores importantes na rotação do plantel.

O Caleb Brown foi embora...

o Murilo também.

Só que o Vitória fez a pior partida... que poderia fazer.

Tenho falado aqui... que sistema defensivo bom...

é o individual...

sem abusar de dobras alucinantes... de trocas desequilibrantes... e de rotações exaustivas.

Só que isso vale quando se enfrenta equipes de alto rendimento.

Ontem...

foi uma das piores partidas das carreiras de Jason Smith, Calvo, Kojo...

e principalmente...

dos pivôs Renan e Feliz.

Não resta dúvida que a defesa mista macaense funcionou.

mas o que foi o ataque baiano?

Macaé jogou 33 minutos sem pivôs.

E o Vitória conseguiu sair do jogo com apenas 13 assistências (contra 25 de Macaé).

Os gigantes da equipe baiana só recebiam bolas... de costas para a cesta.

Nada de pick'n rolls... nem de movimentações aonde os pivôs recebem a bola de frente... e próximos a cesta.

Em nenhum momento... atuaram os 2 gigantes juntos.

Somente... faltando 8 minutos para terminar o jogo...

foi que o Régis, técnico da Universo... resolveu chutar o balde.

Desistiu dos seus pivôs... e passou a jogar com 5 baixos.

Literalmente... nivelou por baixo.

Foi quando aumentou a produtividade individual dos seus atletas...

e o 4o. quarto terminou 32 x 31 para sua equipe.

Voltando à Macaé...

o Eddy anotou 12 pontos... nos primeiros 5 minutos de jogo.

Ele realizou jogadas espetaculares muito acima da linha do aro...

e está demonstrando maestria nas jogadas em vários tempos.

Dá gosto de ver o Márcio Dornelas jogar.

Mesmo numa noite em que não começou acertando...

ele manteve sua personalidade durante toda a partida...

e cresceu nos momentos decisivos do jogo.

Não posso encerrar esse 'Ora, Bolas!' sem falar da vitória do Basquete Cearense sobre o Flamengo, no Rio.

Já que falei em beleza de projetos...

curto demais o projeto cearense.

O Mago Bial (pedindo licença ao ídolo Rossinho)... está sabendo dirigir com equilíbrio...

um plantel que tem que ser equilibrado.

Audrei (37 minutos em quadra)... Duda Machado (35)... Davi (35)... Toledo (33).

Todos brilhando individualmente.

O time vem se destacando defensivamente (conseguiu fazer o Flamengo anotar somente 66 pontos)...

mas valorizando... e muito... o ataque.

No Flamengo...

Vários craques atuando menos de 20 minutos por jogo.

Ninguém conseguindo brilhar... no aspecto individual...

e um elenco exagerado de mega estrelas...

não conseguindo manter média de 80 pontos por confronto.

Felizmente...

a modernidade não consegue modificar os conceitos básicos do jogo.

Titular sempre será titular...

mas sem cadeira cativa.

Time titular é o que estiver melhor... naquele momento da temporada.

Reserva tem que saber que é reserva... e cumprir funções quando os titulares não estiverem funcionando.

Titular começa e termina a partida.

E cada uma das 5 funções (dividida entre titulares e reservas)...

tem que ter como objetivo...

anotar 20 pontos por jogo...

somando uma média...

de aproximadamente, 100 pontos em cada partida.







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