segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Ideologia x Balcão de Negócios marca manhã de sábado na Gávea

A sede do Flamengo, na Gávea, estava agitada na manhã desse sábado.

Vimos uma grande movimentação dos correligionários das 3 chapas inscritas na tentativa de impressionar os sócios indecisos, que são a grande maioria dos eleitores na próxima eleição.

O pessoal da chapa branca surpreendeu. Talvez por ainda não contar com grande apoio da mídia, demonstrou mais atitude e organização. O momento em que eles puxaram o hino 'nacional' do Flamengo foi demais. Os azuis e os verdes foram obrigados a cantar, mesmo que timidamente. Foi o grande momento de união rubro-negra.

Aliás, se sempre tive uma certa rejeição ao ver a cor azul como identidade do Flamengo, tenho que dizer que a cor verde é inaceitável. Os verdes pareciam uma torcida do Fluminense dentro do clube. Inclusive pelo pequeno número de integrantes.

Muitos me perguntam sobre quem vai ganhar a eleição. Tenho uma vida dentro da política e outra vida dentro do Flamengo. Não preciso de pesquisas para saber quem vai ganhar um pleito.

Uma coisa posso garantir.

Existe uma questão central na cabeça de todos os eleitores: Ideologia x Balcão de Negócios.

Acredito que pagar dívidas deixou de ser cabo eleitoral. Afinal, isso é obrigação e não pode ser bandeira para ninguém.

Ontem, fui homenageado num clube social histórico (o S.C. Mackenzie, no Méier) e fiquei encantado.

O clube, que quase fechou suas portas num passado recente, está bombando. Mais de 2.000 sócios pagantes, dependências lotadas, muito esporte, piscinas maravilhosas, muitas atividades sociais e diversos projetos sociais patrocinados, além de convênios com os órgãos públicos. Um presidente extremamente carismático. A informação de que o clube reconquistou todas as certidões necessárias para obtenção de convênios e que a dívida do passado deixou de ser um fantasma, foi consequência natural de toda essa competência.

No Flamengo, tem gente que está gostando de ver o clube ser transformado num  enorme balcão de negócios. Apesar de estampar (com todo respeito) a marca do Guaraviton na sua camisa.

Os azuis deram um show de ilusionismo nas última eleições. Venderam a ideia de que mega empresários estavam unidos para transformar o Flamengo num Barcelona.

O mega empresário era o Bandeira?

O Guaraviton era a mega empresa?

Parte do azul virou verde. Dizem que foi a parte arrogante. Ou a parte paulista.

O Banco Itaú demonstrou, recentemente, em relatório oficial, que a dívida do Flamengo aumentou. Quem é o ilusionista? O Itaú ou os azuis?

 Trocaram a dívida pública pela privada. Pegaram empréstimos aonde puderam. E continuam pegando. O Consórcio Maracanã continua pegando o grosso da renda do Mengão.

Aí tem que jogar fora do Rio... afinal de contas o retorno financeiro é o mesmo, mas em outras praças, o Flamengo fica com a renda.

Tem gente que gosta disso.

Quem pagará pelo Flamengo ter virado freguês do Galo nos últimos jogos?
Quem será responsabilizado pelo futebol do Flamengo estar sendo comandado por empresários que impõem técnicos e zagueiros que não possuem capacidade de vestir o manto rubro-negro?
Quem pagará a conta pelo fato do Flamengo não formar mais craques em casa, nem faturar com a transferência desses meninos para o futebol europeu?

O Flamengo perdeu valor patrimonial. Sua sede está mal cuidada e seu plantel de atletas possue pouca expectativa de mercado. Isso é administração?

O esporte tem que ser administrado por quem entende de esporte...
O social tem que ser administrado por quem entende de clube...

Essa é a aposta da Chapa Branca, liderada por Cacau Cotta, um rubro-negro de raiz... e que foi o 'Melhor Prefeito' que a Gávea conheceu nos últimos anos.

Fora isso, o futuro caminha para um enorme balcão de negócios...

e o que é pior... nas cores azul e verde.


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